Equador decreta estado de exceção e mantém eleições, após o assassinato de candidato presidencial

Fernando Villavicencio foi morto com três tiros na cabeça na saída de um encontro político. Eleições presidenciais estão confirmadas para o dia 20 de agosto.

 

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção por 60 dias, em todo o país, após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio. “A partir deste momento, as Forças Armadas estão mobilizadas em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas de 20 de agosto”, disse Lasso em discurso transmitido no YouTube na madrugada desta quinta-feira (10).

“Essa é a melhor razão para ir votar e defender a democracia”, disse Lasso, que chamou o atentado contra Villavicencio de “crime político que tem um caráter terrorista” por alguém que tentou “sabotar o processo eleitoral”. “Todas as autoridades aqui reunidas se manterão juntas e acordamos que, ante a perda de um democrata e de um lutador, as eleições não serão suspensas; ao contrário, elas precisam ser realizadas e a democracia precisa acontecer”, discursou o presidente.

Em um comunicado conjunto com o presidente Lasso, divulgado também no YouTube, a chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, confirmou a manutenção da data das eleições gerais, em 20 de agosto. A decisão foi tomada após uma reunião do Gabinete de Segurança e altos funcionários de outro estado. “A data das eleições marcadas para 20 de agosto permanece inalterada, em cumprimento ao mandato constitucional e legal”, disse Atamaint.

A ação desloca as Forças Armadas do Equador para todo o território nacional por um período de 60 dias. O governo do Equador também decretou luto oficial de três dias para homenagear Villavicencio.

O assassinato

Villavicencio foi morto na noite desta quarta-feira (9) ao deixar um comício no Anderson College, na cidade de Quito, capital do Equador. Ele foi baleado várias vezes depois de já estar dentro do carro no qual sairia do local. Na semana passada, ele havia denunciado ameaças que vinha recebendo de uma facção criminosa, mas disse que se recusava a usar coletes à prova de balas em seus comícios.

Após a morte de Villavicencio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador [órgão eleitoral máximo do país] repudiou o crime e disse que tais atos de violência maculam o o pleito e da democracia.

 

Nas redes sociais, circula vídeo do momento do atentado a Villavicencio.

(Foto: Reprodução/Governo do Equador)

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