Mensageiros de plataformas de entrega de alimentos e serviços diversos informaram sobre uma greve de 48 horas, que ocorrerá de segunda-feira (31) até a próxima terça-feira (1), em todo o território brasileiro.
O movimento conhecido como “Breque dos APPs” é conduzido por entregadores na cidade de São Paulo e possui o respaldo do Movimento VAT-SP e da Minha Sampa.
Os colaboradores responsáveis pelas entregas solicitam um pagamento mínimo de R$ 10 para cada entrega, além de R$ 2,50 por quilômetro percorrido, com um limite de 3 quilômetros para entregas realizadas de bicicleta. Eles também pedem o encerramento do agrupamento de corridas sem a compensação financeira apropriada.
Os mensageiros afirmam que a forma de trabalho vigente é precarizada e tira proveito do exaustão dos funcionários, ressaltando a semelhança entre suas situações e as de outros profissionais, como os parentes que lidam com extensas jornadas sob o regime da CLT, principalmente as mulheres.
O Movimento VAT-SP organizou uma manifestação para o dia 1º de maio na Avenida Paulista, reivindicando o término da jornada 6×1 e a promoção de uma vida que vá além do trabalho. No dia seguinte, 2 de maio, está programada uma greve geral, denominada “feriadão”, com a meta de forçar melhorias nas condições laborais.
A Amobitec, que representa companhias como 99, iFood e Uber, declarou que valoriza o direito à manifestação e assegura que há canais de comunicação abertos com os entregadores.
A entidade também publicou informações do Cebrap, indicando um crescimento de 5% na remuneração média dos entregadores de 2023 a 2024, alcançando R$ 31,33 por hora.
A Amobitec apoia a formalização do trabalho através de aplicativos, com o objetivo de garantir a proteção social dos profissionais e a estabilidade legal das operações. A greve dos entregadores pode resultar em atrasos e complicações nos serviços de entrega na cidade de São Paulo, finaliza o comunicado.
A participação na greve é complexa de monitorar, uma vez que se refere a uma atividade autônoma. (Foto: Estadão)
