O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) encerrou o mês de agosto em alta de 0,28%, revertendo a deflação de -0,07% vista em julho, segundo cálculos divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sete dos nove grupos que compõem o índice tiveram alta no período, com destaque para o aumento dos preços do grupo Habitação, que fechou o mês em alta de 1,08%.
Os outros grupos que avançaram ao longo do período foram Saúde e cuidados pessoais (0,81%), Educação (0,71%), Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).
Apenas os grupos Alimentação e bebidas (-0,65%) e Vestuário (-0,03%) apresentaram deflação no período de análise.
O grupo Habitação também foi responsável por exercer o maior impacto na composição do indicador, com 0,17 ponto percentual – segundo o IBGE, isso se deve ao fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Curitiba (9,68%), onde o reajuste de 10,66% teve vigência a partir de 24 de junho; em Porto Alegre (5,44%), com reajuste de 2,92% a partir de 19 de junho, em uma das concessionárias pesquisadas; e em São Paulo (4,21%), onde o reajuste de -1,13% foi aplicado a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias pesquisadas.
Alimentação em queda
A segunda maior elevação contabilizada pelo IBGE ficou com o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,81%), que afetou a composição do índice em 0,11 ponto percentual.
Tal variação foi afetada pelos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.
Por outro lado o grupo Alimentação e Bebidas não só apresentou a menor variação (-0,65%) como exerceu o único impacto negativo no período (-0,13 ponto percentual) devido à deflação do item alimentação no domicílio (-0,99%), que já havia registrado recuo nos dois últimos meses.
Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,68%), do tomate (-5,60%), do frango em pedaços (-3,66%), do leite longa vida (-2,40%) e das carnes (-1,44%). No lado das altas, as frutas (1,42%) subiram de preço. (Foto: Reprodução)