A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 6,6% no trimestre que terminou em abril de 2025, mostrando pouca variação em comparação com o trimestre anterior (6,5%) e uma redução de um ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), apresentada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos principais pontos da pesquisa é o recorde de 39,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Esse número aumentou em 0,8% se comparado ao trimestre anterior e em 3,8% em relação ao mesmo período de 2024. O analista do IBGE, William Kratochwill, observa que “a constância nas taxas de desemprego e subutilização reforça o que foi evidenciado no primeiro trimestre, isto é, uma sólida capacidade de absorção dos empregos temporários criados no último trimestre de 2024.”.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que abrange tanto os desempregados quanto os subempregados devido à falta de horas, além das pessoas na reserva de trabalho, permaneceu quase inalterada em 15,4%, em comparação com 15,5% no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 2 pontos percentuais.
No país, o número total de indivíduos sem emprego alcançou 7,3 milhões, um valor muito semelhante ao apresentado no trimestre anterior, que foi de 7,2 milhões. Entretanto, observou-se uma diminuição significativa em comparação ao ano anterior, quando 8,2 milhões estavam sem trabalho — uma queda de 11,5%, o que equivale a 941 mil pessoas a menos nessa situação.
A informalidade também teve uma diminuição, agora correspondendo a 37,9% do total de trabalhadores, ou seja, 39,2 milhões de pessoas. No trimestre anterior, esse percentual era de 38,3%, e no mesmo período de 2024, atingiu 38,7%. De acordo com Kratochwill, “a redução nos índices de subutilização da força de trabalho contribui para um aumento nas contratações formais, já que profissionais mais qualificados demandam condições de trabalho superiores”. (Foto: Reprodução)