Embaixada diz que não ajudou soldado israelense fugir do Brasil

Membros da Embaixada de Israel no Brasil afirmam que não houve qualquer tipo de apoio financeiro ou solicitação formal para que o soldado israelense Yuval Vagdani deixasse o país, após a Justiça Federal decidir investigar possíveis crimes de guerra.

Segundo informações de fontes da diplomacia, o oficial foi instruído sobre como se desenrola o processo e a investigação, e foi ele mesmo quem tomou a decisão de deixar o território nacional.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou que a embaixada israelense no Brasil se comunicou com o soldado e seus familiares, oferecendo assistência ao longo do acontecimento e assegurando uma saída ágil e segura do país.

Vagdani estava visitando a Bahia como turista quando a Justiça do Brasil determinou que a Polícia Federal iniciasse uma investigação sobre a suspeita de crimes de guerra cometidos pelo soldado durante o conflito na Faixa de Gaza.

A ordem para a PF foi emitida pela juíza federal Raquel Soares Chiarelli, no dia 30 de dezembro de 2024. Em um comunicado liberado neste domingo (5), a PF confirmou que recebeu a ordem e afirmou que “está avaliando a implementação das medidas necessárias”.

O militar supostamente partiu do país no sábado, em um avião com destino a Buenos Aires, a capital da Argentina, saindo de Salvador (BA).

A solicitação inicial para a investigação surgiu através de uma notícia-crime, elaborada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida. Eles afirmaram que Yuval Vagdani, um cidadão israelense e suposto “criminoso de guerra”, estava presente em território brasileiro.

Os advogados argumentaram que, sendo o Brasil um país que assina tratados internacionais, possui a obrigação de combater essas infrações, independentemente de terem ocorrido fora de suas fronteiras.

Em comunicado, o governo de Israel destacou que estáalertandoos cidadãos sobre conteúdos nas redes sociais relacionados ao serviço militar. “Adeptos de uma agenda anti-Israel podem usar essas publicações para dar início a ações judiciais sem fundamento contra esses indivíduos”, declarou o governo.

Na imagem, soldados israelenses operam na Faixa de Gaza (Foto: Divulgação via REUTERS)

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