Taxa de desocupação média no ano foi 1,8 ponto percentual menor do que a de 2022; ritmo caiu no último trimestre
A taxa anual de desemprego caiu em 26 das 27 unidades da federação do país de 2022 para 2023. A queda em quase todos os estados foi registrada na última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, 7,8% da população com idade para trabalhar ficou sem trabalho no ano passado. Em 2022, o percentual foi de 9,6% – redução de 1,8 ponto percentual.
Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.). Por outro lado, Roraima foi o único estado em que o desemprego aumentou de 2022 para 2023. Alta de 1,7 ponto percentual. Subiu de 4,9% para 6,6%.
De 2022 para 2023, 8,5 milhões de desempregados conseguiram um trabalho no país, o que representa uma redução de 17,6% do número total de desocupados. Das 27 unidades da federação, 25 registraram queda no número de desocupados, com destaque para o Acre (queda de 45,7%), o Espírito Santo (queda de 34,1%) e o Maranhão (queda de 29,7%). Em Roraima, a população desocupada cresceu 38,5%.
Os estados com maior contingente de desocupados foram São Paulo (2 milhões), Bahia (922 mil) e Rio de Janeiro (914 mil). Já a população ocupada bateu recorde no ano passado e chegou a média de 100,7 milhões. Isso representa um crescimento de 3,8% sobre 2022. O indicador aumentou em 22 unidades da federação, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
Fim do ano de estabilidade
Segundo o IBGE, no último trimestre de 2023, a queda do desemprego arrefeceu. Ante o trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em duas unidades da federação, ficou estável em 23 e cresceu em duas. As quedas foram registradas no Rio de Janeiro (de 10,9% para 10,0%) e Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%), enquanto houve aumento em Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e em Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%).
No último trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as do Amapá (14,2%), da Bahia (12,7%) e de Pernambuco (11,9%). As menores foram de Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).
(Foto: Agência Brasil / Estadão)