A advogada Edilene Lobo foi a escolhida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assumir o posto de ministra substituta da Corte.
A vaga foi aberta no fim de maio, com a posse de André Ramos Tavares como integrante titular do TSE.
Edilene Lobo é a primeira mulher negra a integrar o TSE na função de magistrada.
Doutora em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Edilene Lobo possui um extenso currículo acadêmico que abrange projetos de pesquisa sobre assuntos como direitos humanos e sexualidade, inclusão e visibilidade em processos eleitorais democráticos e tecnologias.
Edilene é mineira e já defendeu o diretório estadual do PT.
A advogada faz parte da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), que é uma instituição que visa debater as pautas entre direito e política com pluralidade, a fim de fomentar a democracia.
De acordo com o levantamento do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, a participação de líderes mulheres na administração pública brasileira era de apenas 33% em fevereiro deste ano.
Mesmo o número sendo baixo, quando comparado ao ano de 2019, houve aumento de 7% na representação feminina.
De qualquer forma, quando esses dados são comparados com a população de mulheres brasileiras, ainda é notável a desigualdade de gênero na ocupação de cargos públicos, principalmente quando se trata do alto escalão.
A nomeação de Edilene é significativa não apenas pelo seu profissionalismo e preparo, como também pela visibilidade de minorias ao se verem representadas por uma mulher negra. (Foto: Youtube)