Depois de alcançar novamente a marca de R$5,60 pela manhã, o dólar enfraqueceu e terminou o dia com uma leve queda, influenciado pela desvalorização da moeda americana no mercado internacional e pelas informações sobre as ações fiscais que o governo Lula planeja apresentar para substituir o aumento do IOF.
O dólar à vista encerrou o dia com uma leve redução de 0,13%, atingindo R$5,5626, estabelecendo assim o menor valor de fechamento do ano de 2025. Essa também é a cotação de fechamento mais baixa desde 8 de outubro do ano anterior, quando foi cotado a R$5,5334.
No ano de 2025, a moeda norte-americana registra uma desvalorização de 9,98%.
Às 17h25, na B3, o contrato de dólar para julho — que é o mais negociado no Brasil — apresentava uma queda de 0,11%, cotado a R$5,5860.
No cenário internacional, durante as discussões comerciais entre os Estados Unidos e a China, o dólar apresentou uma desvalorização em relação à maioria das outras moedas. Essa situação gerou um impacto negativo na cotação do dólar em relação ao real durante o dia, mas no Brasil, a instabilidade foi ainda mais acentuada devido ao conjunto de medidas fiscais que o governo está elaborando e discutindo com o Congresso.
No domingo, o chefe da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que firmou um entendimento com os dirigentes do Congresso para “ajustar” o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mês anterior.
As propostas incluem a aplicação de uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre investimentos que, neste momento, estão isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e debêntures incentivadas, as quais financiam operações no setor agrícola, na construção civil e em projetos de infraestrutura.