Diretor-geral rebate Jordy sobre ‘fuzil no rosto’: ‘óbvio que é mentira’

“Entrada padrão para o caso, a porta foi aberta por morador”, disse Andrei Rodrigues sobre o cumprimento do mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Lesa Pátria

 

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, desmentiu as alegações do deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) relacionadas à execução de mandados de busca e apreensão expedidos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, nesta quinta-feira (18).

Segundo Jordy, ele foi acordado de forma agressiva, com o “fuzil no rosto”, por agentes da corporação que cumpriam mandado da Operação Lesa Pátria. “Óbvio que é mentira. Entrada padrão para o caso, a porta foi aberta por morador”, disse Rodrigues à coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. O delegado afirmou ainda que não houve necessidade de uso da força para entrar na casa do parlamentar no Rio de Janeiro.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na manhã desta quinta-feira, Carlos Jordy se vitimizou e reclamou de “estarmos vivendo uma Ditadura” após receber um bom dia de agentes da Polícia Federal, que cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar em Niterói, no interior do Rio. “Esse mandado de busca e apreensão, que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo uma ditadura”, disse o deputado, um defensor contumaz da Ditadura Militar no Brasil.

Com fala mansa, diferentemente dos arroubos de ódio que tem quando ataca Lula, o bolsonarista reclama de ter sido acordado com “fuzil na cara” e nega que tenha incitado os atos golpistas de 8 de janeiro, alvo da 24ª fase da operação Lesa Pátria. “Eu, em momento algum, no 8 de janeiro eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto. Pelo contrário, em momento algum eu estive nos quartéis generais quando estava acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nem um tipo de ato anterior ou depois do 8 de janeiro, embora as pessoas tivessem seus direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, disse Jordy, medindo as palavras.

Em certo momento, o bolsonarista chegou a se exaltar ao dizer que a operação Lesa Pátria “é uma piada”, mas rapidamente volta a falar mansamente e alegar “perseguição” do governo.

Carlos Jordy foi alvo de mandados de busca e apreensão pela suspeita de orientar e promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais de 2022, como o bloqueio de rodovias. A Operação Lesa Pátria visa identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023.

(Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

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