Desmatamento na Amazônia cai pela metade no primeiro ano do governo Lula

Em compensação, cerrado registra alta de 43%, no mesmo período. Na soma dos dois biomas, o total relativo a desmatamento chegou a 12.979,8 quilômetros quadrados, ante 15.740,5 quilômetros quadrados em 2022. Queda de 17,5%

 

Os alertas de desmatamento caíram pela metade na Amazônia, , no melhor índice desde 2018, mas subiram de maneira consistente no Cerrado no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na comparação com o último ano de mandato de Jair Bolsonaro (PL). Os dados, do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Deter não representa o resultado oficial, que é divulgado anualmente pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes).

O sistema Deter, que faz a análise dos dados em tempo real e emite os avisos, mostrou uma área de 5.141 km² sob alerta no território amazônico em 2023, contra 10.277 km² registrados em 2022, uma queda de 50%. A região inclui nove estados:  Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão (neste último, parcialmente). Pará, Mato Grosso e Amazonas, nessa ordem, tiveram mais desmatamento. Já no caso do Cerrado, foram 7.828 km² em áreas de alerta em 2023. No ano anterior, haviam sido 5.462 km² – o que representa uma alta de 43%.

Na soma dos dois biomas, o total relativo a desmatamento chegou a 12.979,8 quilômetros quadrados, ante 15.740,5 quilômetros quadrados em 2022. Queda de 17,5%.

 

Alertas por estado

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Inpe trazem ainda detalhes sobre os alertas de desmatamento por estado. No território amazônico, o Pará foi o estado com maior área em alerta: 1.903 km² (equivalentes a 37% do total). Em seguida veio o Mato Grosso, com 1.408 km² (27%).

O estado com maior área sob alerta na região do Cerrado foi o Maranhão, com 1.765 km² (cerca de 23% do total), seguido de perto por Bahia (1.727 km², ou 22% da área total) e Tocantins (1.604 km², representando 20% do total).

(Foto: Carl de Souza/AFP)

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