O mês também foi marcado por um aumento acentuado de incêndios florestais no Estado de Roraima, ameaçando comunidades indígenas da Terra Ianomâmi. No cerrado, houve crescimento de 18,5% no desmate em fevereiro, indo de 553,1 km² em 2023 a 655,5 km² em 2024
O desmatamento na floresta amazônica brasileira caiu 30% em fevereiro em comparação com o ano anterior, mostraram dados de satélite nesta sexta-feira, conforme o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para cumprir a promessa de acabar com o desmatamento ilegal até 2030. De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 226 quilômetros quadrados da maior floresta tropical do mundo foram desmatados no mês passado.
Isso representou uma queda significativa em relação ao recorde de 322 quilômetros quadrados desmatados no mesmo período do ano passado, embora o número ainda esteja acima da média de nove anos para o mês, de 173 quilômetros quadrados. Os dados de satélite de fevereiro, no entanto, podem ser especialmente ruidosos devido às nuvens pesadas que cobrem a floresta tropical no início do ano.
O mês também foi marcado por um aumento acentuado de incêndios florestais no Estado de Roraima, ameaçando comunidades indígenas no território Yanomami. “Apesar do alto índice de cobertura de nuvens entre janeiro e fevereiro, o que nos faz ter um cuidado especial na interpretação dos resultados do Deter, as tendências são as mesmas que a gente vinha observando em 2023: queda no desmatamento da Amazônia, mas um crescimento nas taxas de conversão do Cerrado”, disse a diretora de estratégia do WWF-Brasil, Mariana Napolitano, citando a crescente ameaça ao Cerrado.
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