Deputado republicano George Santos, de origem brasileira, é preso nos EUA

O político acusado de fraude se entregou nesta quarta-feira à Justiça estadunidense.

 

George Santos, 34 anos, primeiro republicano abertamente gay a ser eleito para o Congresso norte-americano, se entregou à polícia nesta quarta-feira (10) em Nova York, acusado de fraude, lavagem de dinheiro e declarações falsas. Filho de imigrantes brasileiros, Santos é investigado também por mentir durante a campanha vitoriosa dele para deputado em 2022.

As 13 investigações incluem: sete acusações de fraude eletrônica, três acusações de lavagem de dinheiro, uma acusação de roubo de fundos públicos e duas acusações de fazer declarações materialmente falsas à Câmara dos Representantes, como é chamada a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

O republicano – que nasceu em Nova York mas é filho de imigrantes brasileiros e já morou no Rio de Janeiro – virou alvo da imprensa e das autoridades norte-americanas por suspeita de construir uma rede de mentiras para ser eleito ao Parlamento. Além disso, os outros deputados também tentam descobrir se ele mentiu nas informações exigidas para os protocolos da própria Câmara e se ele violou leis federais relativas ao seu papel em uma empresa financeira.

Histórico

George Santos foi eleito para o Congresso dos EUA em novembro do ano passado. Ele chamou a atenção por ele ser o primeiro republicano abertamente gay a concorrer e conquistar um assento na Câmara de Deputados do país. Logo após sua eleição, no entanto, o jornal “The New York Times” e outros veículos revelaram que ele havia inventado quase todos os aspectos de sua vida pessoal e profissional, prinicipalmente lugares onde ele estudou e trabalhou nos EUA e detalhes sobre a trajetória de sua mãe.

Santos reconheceu que mentiu, mas minimizou o caso e disse que não renunciaria. Além do processo judicial, uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA também investiga as acusações. Nesta quarta, após a detenção, o líder do Partido Republicano no Congresso norte-americano disse que a sigla vai esperar o desenrolar do processo judicial para estudar ações contra o deputado brasileiro. Até lá, ele está autorizado a seguir cumprindo seu mandato.

George está sob custódia do tribunal federal de Long Island, em Nova York, e uma audiência está prevista para esta quinta-feira (11). (Foto: Ahmed Gaber/ The New York Times)

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