Depoente multado por crimes ambientais foi ouvido pela CPI das ONGs

A CPI das ONGs continua  sem cronograma de trabalho, e segue se mantendo à custa de depoentes convidados.

Foi o que ocorreu na quarta reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs, realizada na manhã desta terça-feira (4/7) no Senado,  quando ocorreram depoimentos de três convidados – que falam sem a obrigação de dizer a verdade.

O primeiro depoente, Marcelo Norkey Duarte Pereira, tentou justificar o desmatamento e o garimpo ilegais, atividades pelas quais já foi multado.

Ele está envolvido em pelo menos 13 processos judiciais, sete deles relacionados a crimes ambientais.

O senador Beto Faro (PT-PA)- foto acima –  critica a morosidade da comissão e seus resultados frustrantes diante das inutilidades até agora obtidas.

“Já dissemos em outras oportunidades que não havia necessidade da realização desta CPI, até porque já foi feita no passado e não apontou nada de ilegal. Agora, estamos debruçados no trabalho desta CPI quando poderíamos estar nos dedicando a políticas de desenvolvimento sustentável na Amazônia e a programas sociais, que de fato levam políticas públicas aos locais mais remotos, comuns na região Norte do país, devido às distâncias geográficas”, disse o senador paraense Beto Faro.

“No meu estado, uma conquista real, sem dúvida, é poder acumular os benefícios do Bolsa Família e do Seguro Defeso – lei sancionada pelo nosso presidente Lula que garante aos pescadores artesanais receberem ao mesmo tempo os dois benefícios. Isso é pensar nos mais carentes, nos ‘invisíveis’”, completou Faro.

 

TCU

Também foram aprovados novos requerimentos. Entre eles está o convite para participação na comissão de uma equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão de controle externo do governo federal, também responsável pela elaboração do Acórdão 1107/2023 – TC 020974/2019-1. O trabalho, solicitado pelo Congresso Nacional, não apontou irregularidades na atuação das ONGs.

Ainda sem cronograma de trabalho, a CPI segue se mantendo à custa de depoentes convidados, que não firmam compromisso de dizer a verdade.

Praticamente todos os dias a imprensa tem publicado estudos reais da melhora da cor dos rios em terra Yanomami, poucos meses após operação contra o garimpo. Veículos de comunicação alertam para a gravidade da contaminação dos rios por mercúrio nos últimos anos e para a necessidade da responsabilidade civil ambiental.

A sessão desta terça da CPI teve duração de aproximadamente cinco horas. Nova reunião está prevista para a próxima terça-feira (11/7). Instalada em 14 de junho, a comissão tem o objetivo de investigar as atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia. (Foto: Alessandro Dantas)

Com informação da Agência Senado.

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