Demanda por mão de obra segue aquecida na construção civil

Um levantamento sobre o setor da construção civil apontou 2024 como um ano em que a mão de obra foi um fator crucial para a elevação dos custos na área. De acordo com o Sinduscon-SP, que representa as empresas do ramo em São Paulo, esses custos tiveram um crescimento de 6,54% no ano anterior.

O principal fator foi o aumento nas despesas com os trabalhadores, que registraram uma alta de 8,56%, enquanto os materiais e equipamentos tiveram um aumento de 5,34% e os serviços, 3,66%. O Custo Unitário Básico (CUB) da construção em São Paulo (R8-N) atingiu R$ 2.039,53 por metro quadrado em dezembro. Em 2023, a alta acumulada foi de 3,49%.

As previsões para 2025 apontam para novas altas, uma vez que tanto os gastos com trabalho quanto a pressão causada pelo aumento de preços são vistos como inevitáveis pelos empresários.

Em relação a materiais e equipamentos, a inflação será impulsionada pela permanência de taxas de juros altas, o que complica a obtenção de crédito para aquisição de imóveis, além do aumento nos custos de materiais cotados internacionalmente, como o aço, cujo preço é determinado em dólar e cuja demanda está crescendo globalmente.

O tema das relações de trabalho apresenta dois principais fatores de pressão: a dificuldade em atrair novos talentos para a carreira e o desafio de assegurar uma formação técnica apropriada.

No que diz respeito à remuneração, o piso salarial para a função de servente oscila entre o salário mínimo e uma vez e meia esse valor, com um elevado número de contratos baseados em produtividade, o que tem gerado críticas por parte do sindicato dos trabalhadores. (Foto: Reprodução)

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