Defesa de Robinho recorre ao STF para evitar prisão imediata

O STJ decidiu nesta quarta-feira (20) que Robinho deve cumprir pena no Brasil por um crime cometido na Itália em 2013

 

A defesa do ex-jogador de futebol Robinho protocolou um pedido de  habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ele responder em liberdade à condenação por estupro de uma jovem na Itália. O recurso é sob à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou nesta quarta-feira (20) a homologação da pena de prisão do atleta no Brasil. De acordo com defesa, o ex-jogador aguardou em liberdade todo o processo de homologação e não representou risco à aplicação da legislação.

O pedido dos advogados é para que o STF suspenda a execução da pena, até que as possibilidades de recurso sejam encerradas. A alegação é de que Robinho não representa risco para cumprimento da decisão. Já na tarde de ontem, o advogado dele, José Eduardo Alckmin, afirmou que o atleta está à disposição da Justiça. “Quando chegar lá o oficial de Justiça, ele vai acompanhar. Ele não vai se opor a sentença”, reforçou.

“No caso em questão, o paciente aguardou em liberdade todo o processo de homologação e nunca representou um risco à aplicação da legislação pátria, portanto sua liberdade é de rigor até o trânsito em julgado da discussão”, argumentou a defesa no pedido entregue ao STF.

O ex-jogador foi condenado pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália. O caso aconteceu em 2013. Em março do ano passado, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, determinou cautelarmente que Robinho entregasse o seu passaporte ao STJ. O pedido para que Robinho cumpra pena no Brasil veio da justiça da Itália, após a extradição do jogador ser negada. Em novembro de 2023, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou a favor da prisão do atleta. O caso foi julgado agora pela Corte Especial do STJ, formada pelos 15 ministros mais antigos do Tribunal.

 

Votaram a favor da homologação da pena:

Francisco Falcão (relator do caso);

Humberto Martins;

Herman Benjamin;

Luis Felipe Salomão;

Mauro Campbell Marques;

Isabel Gallotti;

Villas Bôas Cueva;

Antonio Carlos Ferreira;

e Sebastião Reis Junior.

 

E contra:

Raul Araújo;

Benedito Gonçalves

 

(Foto: Reprodução/Instagram)

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