Julgamento do jogador, acusado de estuprar jovem em banheiro de boate, foi concluído no começo do mês
Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate espanhola, foi convocado para comparecer ao tribunal de Barcelona nesta quinta-feira (22). A informação foi confirmada pelo jornal La Vanguardia e pelo portal Infobae, nesta quarta (21). A juíza Isabel Delgado Pérez, responsável pelo caso que analisa a acusação de agressão sexual contra o jogador também convocou outras partes do processo: a promotora, Elisabet Jiménez; a promotora e advogada da denunciante, Ester García; e a defesa e advogada de Daniel, Inés Guardiola. O jogador aguarda preso a sentença do caso desde o começo do mês, quando foi concluído o julgamento.
A provável data da leitura da sentença do jogador é 7 de março. Mas há a possibilidade de que a juíza já tenha redigido o documento. O julgamento do atleta ocorreu entre 5 e 7 de fevereiro. Na audiência, Daniel Alves negou a agressão sexual e alegou que a relação com a vítima foi consensual. Ao longo do processo de investigação do caso, Daniel Alves trocou cinco vezes de versão sobre o ocorrido em 30 de dezembro de 2022. Em janeiro do ano seguinte, ele negou que teve relações sexuais com a vítima e que nem a conhecia, quando questionado por um programa de TV da Espanha.
O jogador foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023, quando mudou de versão outra vez e declarou que de fato teria tido relações sexual com a vítima, de forma consensual, alegando que a mulher teria feito sexo oral nele. A justificativa para não dar essa versão em primeiro momento foi de que seria para proteger a vítima e a esposa dele. A última versão tinha sido apresentada em abril de 2023, quando Daniel disse que houve uma relação sexual, com penetração e consensual. A mudança ocorreu após a perícia identificar DNA do jogador. Novamente alegou que a justificativa para não dar essa versão em primeiro momento foi de que seria para proteger a vítima e a esposa.
Se Daniel Alves for considerado culpado, ainda poderá recorrer ao Tribunal de Apelação, mas terá de aguardar o novo processo na prisão. A pena máxima para o crime de estupro na Espanha é de 12 anos de prisão. O Ministério Público pede nove anos de reclusão. Mas a tendência é que, se condenado, o jogador tenha, no máximo, seis anos de cárcere. O motivo é o pagamento da defesa à Justiça, ainda no início do processo, no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil).
(Foto: Alberto Estevez/Pool via Reuters)