Segundo o presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), caso Gaúcho não compareça novamente, ele será conduzido coercitivamente à CPI
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou nesta terça-feira (22) que os ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e Assis podem ser conduzidos coercitivamente caso não compareçam à próxima sessão da comissão, marcada para a quinta-feira (24), às 10h. Ronaldinho Gaúcho, seu irmão Assis e o empresário Marcelo Lara foram convocados a depor na CPI para falar sobre a empresa 18K, de propriedade dos envolvidos. Entretanto, nenhum deles compareceu.
Na última segunda-feira (21), o ex-jogador obteve um habeas corpus que garantia seu direito de permanecer calado, contudo, sua solicitação para não comparecer à sessão não foi acatada. Na manhã desta terça-feira, a equipe de defesa de Ronaldinho acionou novamente o Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que o ex-atleta não havia sido “devidamente notificado pela autoridade coatora sobre a audiência”.
Aureo Ribeiro informou que a condução coercitiva já está aprovada de ofício para o caso de uma nova ausência de Ronaldinho Gaúcho. “Eles alegaram não terem sido notificado, o que não faz sentido já que recorreram ao STF para não comparecer. Então, agora está novamente convocado e já tem uma condução coercitiva aprovada de ofício para o caso de ele não comparecer na quinta”.
O relator da CPI, Ricardo Silva (PSD-SP), reforçou sobre a busca coercitiva. “Se não estiverem aqui, nós iremos buscar condução coercitiva, vamos com força policial. Por quê? Não é pela condição de ser jogador ou não, de ser rico ou de ser pobre, e o senhor Ronaldinho tem muito a falar pra essa CPI e ao povo brasileiro, ele e seus sócios”, afirmou o relator. “Eles estão se ausentando da CPI de forma irregular. É bom que fale sobre isso para que não tenhamos mais problemas e o que a CPI menos quer é buscar a condução coercitiva, mas, se for necessário, faremos. Se eles não estiverem aqui na quinta-feira, nós iremos buscar a condução coercetiva, vem com força policial”, acrescentou.
“A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais, o que levantou suspeitas de se tratar de uma pirâmide financeira devido às promessas de altos e rápidos retornos”, justificou Silva no requerimento de convocação.
O relator ainda lembra que a empresa de Ronaldinho Gaúcho foi apontada pelo Ministério Público como pirâmide financeira. “Após o rompimento, o ex-jogador esteve envolvido em uma pirâmide e sua imagem, dada sua credibilidade e popularidade, incentivou milhares de pessoas a investir em uma fraude, o que causou prejuízos a elas”, declarou.
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