Se alguém imaginava que a conversa telefônica entre Donald Trump e Vladimir Putin desta terça-feira (18/3) levaria a uma alteração no curso da guerra da Ucrânia, vai ter que esperar. Depois de uma hora e meia de ligação, o máximo que se avançou foi um compromisso dos russos em não bombardear as centrais elétricas e de infraestruturas ucranianas.
De resto, foi anunciada a abertura de negociações entre os EUA e a Federação Russa, em Riad (Arábia Saudita), sobre um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, um possível cessar-fogo total e a paz permanente. Além disso, foi confirmada uma nova troca de prisioneiros. Em resumo, o cessar-fogo de 30 dias acertado entre os EUA e a Ucrânia não foi aceito pela Rússia.
O Kremlin insiste que a condição fundamental para evitar a escalada do conflito e para uma solução de paz “deveria ser a cessação completa da assistência militar estrangeira e o fornecimento de informações de inteligência a Kiev.”
Em discurso na Academia Militar da Dinamarca nesta terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, alertou que 40% do orçamento da Rússia é alocado para Defesa, o equivalente a 9% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
“Este investimento alimenta sua guerra de agressão na Ucrânia, enquanto a prepara para um futuro confronto com democracias europeias”, disse von der Leyen para justificar o investimento 800 bilhões de euros que a União Europeia pretende fazer em armas e munições nos próximos dez anos.
Na Alemanha, o parlamento aprovou um projeto de lei que permite desbloquear um nível recorde de empréstimos do Estado para a defesa e infraestruturas, através da alteração das regras orçamentais constitucionalmente consagradas do país. A pretensão é de investir 500 bilhões de euros nos próximos anos na indústria armamentista.
Por Henrique Acker (correspondente internacional)
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