Donald Trump aparenta não estar contente com o nível de tumulto gerado em apenas duas semanas de governo. Depois de desencadear quase uma guerra comercial contra diversos países ao redor do mundo, especialmente seus aliados econômicos, utilizando sempre um tom arrogante e ameaçador, o recém-empossado presidente dos EUA agora direciona suas atenções para um adversário de longa data: o Irã.
Nesta terça-feira (4), Trump afirmou ter imposto uma “pressão máxima” sobre o regime dos aiatolás, alegando que a nação persa “está muito próxima de criar uma arma nuclear”. É, de fato, o mesmo argumento de sempre utilizado para confrontar o país asiático do outro lado do globo.
“O memorando é extremamente severo para o Irã… Torço para que não precise ser utilizado frequentemente”, comentou o presidente dos Estados Unidos, com uma postura arrogante e zombeteira, a respeito do documento que firmou com o intuito de ameaçar o governo de Teerã.
Para complicar a situação, Trump reconheceu que havia instruído seus subordinados na Secretaria de Estado e no Pentágono a preparar um ataque devastador para “aniquilar completamente” o Irã, caso fosse cometido algum atentado contra ele. Um pouco mais de um ano atrás, antes do início da campanha eleitoral nos Estados Unidos, autoridades federais revelaram que interromperam um suposto esquema para assassiná-lo, mesmo quando ainda era ex-presidente, e que os responsáveis por isso eram iranianos, em retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, que foi abatido em 2020, durante a presidência de Trump, em um ataque realizado por um drone americano no Iraque, onde o general se encontrava em missão oficial.
Ainda assim, o líder dos Estados Unidos afirmou que pretende dialogar com seu equivalente iraniano, Masoud Pezeshkian, para que as duas nações consigam “firmar um entendimento”. (Foto: BBC)