Conta bloqueada de Allan dos Santos no X volta ao ar e extremista dispara ofensas a Moraes

Bolsonarista foragido fez transmissão na sequência das publicações em que Musk desafia Alexandre de Moraes, do STF

 

O jornalista bolsonarista Allan dos Santos fez uma live no X (antigo Twitter) para quase 10 mil usuários neste domingo (7) na conta oficial do canal Terça Livre. Foragido da Justiça brasileira, ele retornou à plataforma, de onde foi suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), após Elon Musk criticar as decisões do ministro Alexandre de Moraes. A live foi feita entre 22h e 23h.

De acordo com informações de Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo, ao longo dos minutos em que ficou no ar, Allan proferiu diversos xingamentos a Moraes e declarou que retomará as atividades do “Terça Livre” em território estadunidense, prometendo transmissões diárias. Também sugeriu que, em futuras lives, trabalhará pela eleição de candidatos de direita nas eleições municipais de outubro.

De acordo com o jornalista, quando acessada via computador, a página exibe um aviso de “Conta retida”, em “resposta à legal demanda”. É o aviso padrão para casos de bloqueios judiciais. Mas, via smartphones, o “Terça Livre está visível” no aplicativo do X.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na noite deste domingo (7), a abertura de um inquérito contra o empresário Elon Musk por obstrução à Justiça e incitação ao crime. Além disso, Moraes incluiu o bilionário sul-africano no inquérito das fake news por “dolosa instrumentalização criminosa da provedora da rede social X [da qual Musk é dono]”. A rede era conhecida anteriormente como Twitter.

A decisão também determina que a rede social não desobedeça as ordens judiciais contra ela impostas. Musk havia anunciado que não obedeceria uma ordem do Judiciário brasileiro que ordenava o bloqueio de contas disseminadoras de fake news na plataforma. Em resposta, na nova decisão, Moraes afirma que aplicará multa diária de R$ 100 mil por perfil não bloqueado e atribuirá a responsabilidade pela desobediência aos responsáveis legais pelo X no Brasil.

(Foto: Hugo Barreto/Metrópoles)

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