Confinado em sua residência, ex-presidente sul-coreano tem cerco policial

A polícia da Coreia do Sul interrompeu as tentativas de cumprir um mandado de prisão contra o presidente destituído Yoon Suk Yeol nesta sexta-feira (3), algumas horas após um confronto em que as autoridades tentaram prender o executivo.

Por volta do início da manhã, aproximadamente 80 policiais e investigadores tentaram adentrar o complexo da residência presidencial em Seul, mas foram barrados pela equipe de segurança responsável, conforme informou o Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) da Coreia do Sul.

O CIO suspendeu a implementação do mandado de prisão nesta sexta-feira à tarde, conforme o horário local, mencionando a segurança das pessoas na área, segundo uma declaração oficial. O mandado, que permanece válido até 6 de janeiro, ainda está em vigor e pode ser estendido.

Um grande contingente de policiais esteve presente nas proximidades do lar de Yoon, em Seul, durante todo o dia, onde milhares de indivíduos se congregaram para demonstrar apoio ao líder, que trouxe o país a uma turbulência política após anunciar uma Lei Marcial, rapidamente revogada há um mês.

O presidente que está sob afastamento está sendo convocado para depor em diversas investigações, que envolvem alegações de que ele teria liderado uma revolta — um delito que pode resultar em condenação à prisão perpétua ou, em casos extremos, à pena de morte na nação.

Na semana passada, um tribunal autorizou a emissão de um mandado de prisão contra Yoon, marcando a primeira vez que uma ação desse tipo é realizada contra um presidente no país. Em reação, a equipe responsável pela segurança do presidente afirmou que as providências de proteção serão implementadas em conformidade com os procedimentos legais”.

Yoon, um antigo promotor, não atendeu a três convocações de investigadores nas semanas recentes que solicitavam sua colaboração, conforme relatou o CIO.

Depois de interromper as tentativas de conter Yoon, o CIO manifestou um grande lamento” pela “postura do acusado ao não respeitar o devido processo legal” e afirmou que tomaria uma decisão sobre os próximos movimentos a serem feitos.

No mês anterior, um líder perdeu seus poderes presidenciais devido a uma votação no parlamento que resultou em seu impeachment. Membros de sua própria legenda se opuseram a ele após sua negativa em se afastar do cargo em razão de um breve decreto de Lei Marcial que havia promulgado.

Na imagem, autoridades da Coreia do Sul chegam para prender o presidente afastado Yoon.  (Foto: Reuters)

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