Conclave que elegerá sucessor de Francisco marcado por indefinição

A votação para selecionar o sucessor do papa Francisco, que começa nesta quarta-feira, 7, ocorre em um contexto de total incerteza, especialmente devido à falta de familiaridade entre os participantes em relação uns aos outros.

Ao longo de seu papado, Francisco ampliou a diversidade geográfica do Colégio de Cardeais, selecionando indivíduos de várias áreas menos centrais do planeta.

Assim, os 133 cardeais votantes tiveram pouco contato entre si.

Inicialmente, devido à falta de familiaridade ampla, o indivíduo que se destaca é o italiano Pietro Parolin, que anteriormente ocupou o cargo de secretário de Estado do Vaticano.

Apesar de sua ampla trajetória na diplomacia ser vista como um aspecto positivo para Parolin, dentro do colegiado de cardeais, existe a opinião de que a falta do mesmo carisma que o papa Francisco possui pode ser uma desvantagem para o italiano.

Parolin nunca ocupou o cargo de bispo em uma diocese, o que significa que não possui experiência pastoral, embora tenha uma carreira diplomática extensa.

Por outro lado, os cardeais da Itália estão buscando tornar possível a candidatura de Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, que desempenha um papel significativo no diálogo entre religiões, especialmente em regiões marcadas por conflitos.

Recentemente, certos franceses e delegados de diversas nações europeias buscam impulsionar a candidatura de Jean-Marc Aveline, um cardeal de Marselha, França. Ele é um líder religioso alinhado com a abordagem do papa Francisco, especialmente no que tange à recepção de imigrantes.

Recentemente, ganhou destaque uma movimentação relacionada ao nome de Robert Francis Prevost, que atuou como prefeito do Dicastério para os Bispos durante a administração de Francisco.

Óscar Rodríguez Maradiaga, um destacado cardeal hondurenho, começou a apoiar a candidatura de Prevost nas cerimônias em homenagem ao papa Francisco.

Um ponto desfavorável ao nome de Prevost é sua nacionalidade americana, apesar de ter exercido a função de bispo em uma diocese no interior do Peru, que vários cardeais mostram-se relutantes quanto à possibilidade de um papa vindo dos Estados Unidos.

“O Prevost, apesar de ser dos Estados Unidos, possui todas as virtudes do papa Francisco”, afirmou um importante clérigo ao blog.

Todas as possibilidades estão em pauta. O que irá determinar o resultado do conclave será a primeira votação, momento em que os candidatos ao papado ficarão mais claramente delineados“, acrescentou o cardeal. (Foto: Ag. Vaticano)

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