Comunidade internacional pede retirada de pessoas do Sudão e esvazia embaixadas

Países da comunidade internacional se organizam para operações de retirada do Sudão em meio a batalhas entre facções militares rivais que desencadearam uma crise humanitária.

A França, por exemplo, anunciou através de seu Ministério das Relações Exteriores, neste domingo (23), uma “operação de retirada rápida” de civis e diplomatas do Sudão.

Isso inclui cidadãos de nações “parceiras europeias e aliadas”, disse o ministério.

A decisão francesa vem na esteira das primeiras retiradas de civis organizadas por autoridades sauditas e da retirada de diplomatas pelos Estados Unidos e Reino Unido após uma semana de intensos combates entre facções militares rivais – as Forças Armadas Sudanesas, ou SAF, e as Forças de Apoio Rápido, ou RSF – que deixaram centenas de mortos e milhares de feridos.

 

Reino Unido retira diplomatas

O premiê britânico Rishi Sunak anunciou, na manhã deste domingo (23), que as Forças Armadas do Reino Unido “concluíram uma complexa e rápida evacuação de diplomatas britânicos e suas famílias do Sudão, em meio a uma escalada significativa da violência e das ameaças aos funcionários da embaixada”.

“Continuamos a buscar todos os meios para acabar com o derramamento de sangue no Sudão e garantir a segurança dos cidadãos britânicos que permanecem no país”, acrescentou, pedindo um cessar-fogo “humanitário imediato”.

Sunak já havia realizado uma reunião de emergência sobre a situação no Sudão nos últimos dias.

A CNN informou nesta madrugada de segunda-feira , 24,  que os esforços de evacuação britânica não acontecerão em breve, mas um porta-voz do governo disse que estavam fazendo “todo o possível” para apoiar os cidadãos britânicos.

 

EUA esvaziam embaixada

O presidente Joe Biden disse neste sábado (22) que os funcionários do governo dos EUA foram retirados do Sudão.

“Hoje, sob minhas ordens, os militares dos Estados Unidos conduziram uma operação para retirar funcionários do governo dos EUA de Cartum”, disse Biden em um comunicado.

Em uma declaração separada, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que todo o pessoal dos EUA e suas famílias foram evacuados e que as operações na Embaixada dos EUA em Cartum foram “suspensas temporariamente”.

Um grupo de pouco mais de 100 forças de operações especiais esteve envolvido na extração. A operação foi liderada pelo US Africa Command e conduzida em estreita coordenação com o Departamento de Estado, disse Lloyd Austin, o secretário de Defesa dos EUA.

Na imagem, fumaça sobe de avião em chamas no aeroporto de Cartum, no Sudão ( Foto Reuters/Stringer)

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