Técnicos chegam nesta segunda-feira (8) ficam na capital paraense até sexta-feira (13 para avaliar condições de sediar o evento; BNDES se antecipou anunciando R$ 3,2 bilhões para obras na cidade
Belém vai recebe a partir desta segunda-feira (9) uma missão das Nações Unidas encarregada de avaliar a estrutura da cidade para acolher os participantes da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para novembro de 2025. Para a COP28 deste ano, nos Emirados Árabes, o público esperado é de 70 mil pessoas. Entretanto, a cada ano, a participação de pessoas aumenta e, em Belém, o número deve aumentar. Este é o problema: segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, a capital paraense tem, atualmente, apenas 12.115 leitos de hospedagem.
A equipe da ONU, que permanecerá na cidade até sexta (13), deverá estar acompanhada por representantes de diversos ministérios, como do Turismo e do Meio Ambiente. A primeira dama, Rosângela da Silva, a Janja, se reuniu durante a última semana com o ministro de Cidades Jader Filho para tratar da organização do evento. Ao fim da visita, um relatório será entregue, listando as adequações que a capital paraense deverá fazer para poder sediar a COP-30.
Com a equipe da ONU, o Governo do Pará e o Itamaraty deverão apresentar os esforços e ações em andamento para garantir que todas as necessidades do evento sejam atendidas até 2025. A viagem foi antecipada a pedido da Casa Civil e estava prevista anteriormente para meados do próximo ano. Embora haja acordo para que o Brasil sedie o evento, a confirmação só virá durante a COP-28, que vai de 30 de novembro até 12 de dezembro, nos Emirados Árabes Unidos.
Buscando melhorar as chances de Belém sediar a COP-30, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, na última terça (3), um pacote de R$ 3,2 bilhões buscando viabilizar 52 projetos apresentados pelo governo do Pará e os primeiros contratos devem sair até o fim do ano. Entre os investimentos estão obras de estruturação urbana, como de saneamento, mobilidade urbana, abastecimento de água, vias, turismo, melhorias da malha viária e transporte público.
“O BNDES é parceiro decisivo para que possamos nos consolidar como referência da agenda ambiental climática do Brasil e do planeta”, disse o governador Helder Barbalho (MDB).
Anunciado ainda durante os Diálogos Amazônicos, em agosto, o BNDES ainda irá liberar linhas de crédito para apoio da economia local. “Temos uma linha que começa a operar agora em novembro, de R$ 4,5 bilhões, só para micro e pequenos empresários da Amazônia”, afirmou o presidente do BNDES Aloizio Mercadante. Devem ser aplicados em Belém, por conta da COP-30, recursos do Fundo do Turismo Brasileiro, do Fundo Amazônia e do Fundo do Clima. “Estamos buscando combinar instrumentos que temos para poder oferecer juros mais confortáveis para a economia local, prazos que permitam esses investimentos para a gente no pouco tempo que temos para fazer uma mudança tão estrutural”, completou.
Em agosto, a ONU visitou a principal obra da COP30, em Belém, o Parque da Cidade. Na ocasião, a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, recebeu Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, e ainda, uma comitiva do governo federal.
(Foto: TV Liberal)
