Decisão foi tomada em reunião entre líderes partidários e Arthur Lira por causa do período de janela partidária, que acaba em 6 de abril
Com foco nas articulações políticas voltadas às eleições municipais, em outubro, a Câmara dos Deputados inicia nesta segunda-feira (1º) uma espécie de “recesso informal” por uma semana. O período sem sessões em comissões e plenário foi acordado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários que pediram para que o feriado da Páscoa fosse estendido e permitisse aos parlamentares se dedicarem a negociações eleitorais na última semana de janela partidária, que se encerra no próximo dia 5.
Desta forma, as matérias que seguiam sem acordo entre a Câmara e o governo só poderão ir a plenário a partir do dia 8. Outros temas importantes que seguem carentes de análise também precisarão esperar. Entre eles está a análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão por suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. A demora para a análise do caso teria tido como pano de fundo um recado ao Supremo, que havia decretado a prisão preventiva do parlamentar, em relação às recentes operações policiais contra parlamentares.
Arthur Lira teria se irritado ao ver Brazão chegar a Brasília algemado, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa, preso na mesma ação, não contava com a restrição. Sem comentar qualquer possibilidade de “revanchismo” em relação ao STF, Lira afirmou que a prisão de Brazão é um caso “sensível” para todos os deputados e será tratado “com cuidado”. “Ele ficará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta. É um caso difícil, sensível para todos nós. Todos tratam esse assunto com o máximo de cuidado pela repercussão que sempre teve, é complexo, é grande. Não há de se fazer nenhum tipo de batalha por isso “, disse.
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)