SOCIALISTAS
A chapa “PSol de todas as Lutas”, apoiada pelo deputado federal Guilherme Boulos, venceu a disputa pela direção do PSol com 67,1% dos votos, em Congresso Nacional realizado no último final de semana, em Brasília. A nova presidente do partido é a historiadora capixaba Paula Coradi, aliada de Boulos. O Congresso definiu que o partido deve seguir como base de apoio do presidente Lula. A Chapa Movimento Esquerda Socialista (MES), que prega independência em relação ao governo, liderada pelas deputadas Sâmia Bonfim (SP) e Fernanda Melchiona (RS), obteve 33% dos votos.
RESOLUÇÃO
O PSOL definiu sua linha política na resolução final do Congresso estabelecendo como prioridade “a prisão de Bolsonaro e seus comparsas na tentativa de golpe no Brasil, o combate a medidas de restrição do investimento público exigidas pelo mercado, a diversidade nos espaços de poder e a centralidade da luta ecossocialista e dos povos indígenas e quilombolas pelo futuro do Brasil, da Amazônia e de todo o planeta”. O PSOL refuta aliança com partidos bolsonaristas e não quer compor governo com MDB, PSDB, União Brasil, Podemos, Avante e Novo.
CANDIDATURAS
O Congresso do partido definiu que serão prioridades nas eleições do ano que vem as candidaturas de Guilherme Boulos, em São Paulo; Edmilson Rodrigues, em Belém; deputado Tarcísio Motta, no Rio de Janeiro e Talíria Perrone, em Niterói. Mas, diante das resoluções restritivas em termos de política de alianças, é de se perguntar como vai ficar a coligação do prefeito de Belém com o MDB. O tema certamente será objeto de polêmica interna na legenda socialista.
RECOLHIDO
Chegam informações que o ex-prefeito Wagne Machado (MDB) – foto abaixo – estaria recolhido em sua fazenda e disposto a não retornar para exercer suas funções de secretário de Estado. A falta de estruturação da recém-criada secretaria das Cidades, além de problemas pessoais, entre outros dissabores, estaria na base desse recolhimento. O governador teria até chamado o prefeito de Novo Repartimento, Valdir Lemes Machado, tio de Wagne, para que ajude a dialogar com o secretário no sentido de superar esse momento.
AUSÊNCIA
A relutância em atender aos apelos do governador chegou ao ponto dele sequer comparecer a um evento em que Helder esteve, na última sexta-feira, em Piçarra, cidade onde Wagne foi prefeito por duas vezes, para inaugurar uma pavimentação de estrada que sempre foi sua bandeira de luta. O governador teceu inúmeros elogios ao aliado, mesmo na sua ausência. Quando criou a secretaria das Cidades, HB anunciou que o programa Asfalto na Cidade e toda a articulação com os prefeitos passariam por ela. Depois de muita pressão em contrário, o programa permaneceu na secretaria de Obras.
INDICAÇÃO
Quando a secretaria das Cidades foi criada, a ideia era que o deputado José Priante (MDB) fizesse a indicação de seu titular, principalmente depois que perdeu o comando da Cosanpa. Com muito prestígio junto ao governador, Wagne teria pedido esse espaço a Helder, que decidiu atendê-lo. A informação colhida pela coluna é que, caso o atual secretário mantenha a decisão de se recolher para cuidar de assuntos pessoais, a pasta pode ser novamente objeto de indicação do deputado Priante. A coluna ligou várias vezes para Wagne Machado para confirmar as informações, mas ele não atendeu. Veja, no vídeo, a fala de Helder citando a ausência de Wagner ao evento de inauguração da obra.
VISITA
Governador Helder Barbalho (MDB) deve visitar Marabá na próxima quarta-feira. O objetivo é visitar as obras de construção da ponte sobre o Rio Itacaiúnas, que estão sendo executadas pela prefeitura, em parceria com o Governo do Estado. HB já destinou 25 milhões de reais para os serviços. Outro repasse no mesmo valor deve ser efetuado tão logo a prestação de contas da primeira parcela seja realizada. O orçamento gira em torno de 170 milhões de reais. Com a queda nas receitas, Tião Miranda vem se virando como pode para garantir a parte maior, que cabe ao município.
OPORTUNIDADE
A visita do governador vai ser uma oportunidade para que Tião Miranda possa ter uma conversa de pé de ouvido sobre as eleições do ano que vem.. Saber da boca do próprio Helder quais são os seus planos para a sucessão municipal, haja visto que se especula a possibilidade da candidatura do deputado Chamonzinho, pelo MDB, e TM tem no seu vice, Luciano Dias, o escolhido para disputar o pleito. Sem falar na candidatura do deputado Dirceu ten Caten (PT). Todos na base aliada do Governo do Estado.
RECADASTRAMENTO
Apesar da queda de arrecadação, não foi por esse motivo que a prefeitura de Marabá deixou de pagar os salários dos servidores no último dia 28. O problema foi um recadastramento que está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Administração junto ao funcionalismo público, que não foi concluído a tempo. A previsão é que o pagamento integral da folha seja realizado no próximo dia 5.
ABACAXI
Criado pelo então prefeito Maurino Magalhães, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação em Marabá estourou no colo do prefeito João Salame, consumindo recursos volumosos com os benefícios excessivos que foram implantados. Com a crise econômica do governo Dilma, a folha da prefeitura estourou e prejudicou a administração de Salame. Tião Miranda assumiu e cortou vários desses benefícios. Mas agora está convivendo novamente com o estouro da folha da educação, que gasta mais do que o repasse do Fundeb. E os professores continuam insatisfeitos. Um abacaxi que vai ficar para o próximo prefeito.
GRANA
Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já avisou. O partido abre os cofres se o candidato a prefeito de Belém for o deputado federal Eder Mauro (abaixo). Mas se a tarefa for estendida para o deputado Rogério Barra, filho de Eder, o desembolso não será o mesmo. Macaco velho em política não mete a mão em cumbuca. Valdemar sabe que a viabilidade política e eleitoral do filho não é a mesma do pai. Mais um motivo para que o candidato da direita seja o que está mais bem colocado nas pesquisas.
EMINÊNCIA
Mudou o comando do Distrito de Saúde Indígena de Belém (Dsei), mas parece que o mecanismo de mando não se alterou muito. Eliezio Buchinger, bacharel em gestão pública, foi indicado pelo senador Zequinha Marinho (Podemos), ainda no governo Bolsonaro, para chefiar o DSei de Altamira. O parlamentar não alcançou seu intento. Mas as informações que chegam é que, apesar de não ocupar cargo no órgão, em Belém, ele é uma espécie de eminência parda da atual gestão, interferindo inclusive em decisões administrativas. O caso já chegou a gabinetes de Brasília, que estão acompanhando com muita atenção a movimentação do jovem.
PISO
O pagamento do piso dos enfermeiros virou polêmica entre o prefeito Valmir Clímaco (MDB), de Itaituba, e a deputada Maria do Carmo (PT). A parlamentar parabenizou os prefeitos que estão efetuando o pagamento. Valmir afirmou que só pagarão os que receberem dinheiro do governo federal e na mesma proporção do volume repassado. Clímaco disse que apoiou Lula, mas que no atual governo as emendas de custeio da saúde não estão sendo liberadas. E sugeriu pagar a passagem de avião de Maria do Carmo, para que ela vá a Brasília convencer o presidente Lula a repassar o dinheiro suficiente para pagar o piso.
PROTESTOS
Comunidades ribeirinhas da região do Tauari, em Itupiranga, realizaram um protesto, no último sábado, contra o licenciamento ambiental dado pelo Ibama para a execução das obras de dragagem e derrocagem do Pedral do Lourenção, elemento fundamental para viabilizar a hidrovia do Araguaia-Tocantins. Os moradores fecharam um trecho do rio e afirmam que não foram ouvidos para a concessão do licenciamento, conforme reza a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
COMISSÕES
Deputado Luis Tibé, presidente nacional do Avante, esteve em Belém no último sábado, na Assembleia legislativa do Estado do Pará. Na ocasião afirmou categoricamente que não existe nenhuma possibilidade de intervenção em qualquer comissão provisória do partido no Estado e que o comando está nas mãos do deputado Wescley Tomaz. O evento recebeu a presença do deputado Joaquim Passarinho (PL). Na oportunidade mais de 20 novas comissões foram autorizadas por Tibé, a pedido de Tomaz.
ALIANÇA
Depois de 20 anos filiado ao PP, o ex-prefeito Hidelfonso de Abreu (foto acima) assinou ficha de filiação ao MDB. E se prepara para novamente disputar a prefeitura de Abel Figueiredo. Nas eleições de 2022, ele flertou com o bolsonarismo mas, pressionado pelo governador, ficou em cima do muro. Agora, deve formar chapa com o PT para enfrentar o prefeito Antonio Calhau (União Brasil). Seu vice deve ser o atual presidente da Câmara Municipal, vereador Dativo Júnior, filho do ex-prefeito Dativo Araújo. Senador Beto Faro já deu aval para a aliança com a escolha de José Roberto, amigo e aliado de Hidelfonso, para presidir o PT.
INCÊNDIO
Tão logo aconteceu o incêndio na Ilha de Cotijuba, no último sábado, o prefeito Edmilson Rodrigues (PSol) usou as redes sociais para manifestar solidariedade com os habitantes e colocar a unidade da Funbosque como ponto de ponto de apoio para o Corpo de Bombeiros, Samu e Defesa Civil atenderem as vítimas. A rapidez na resposta já está sendo vista como uma nova postura no enfrentamento de crises e na comunicação com a sociedade, pois a prefeitura vem sendo criticada pela inércia diante dos problemas que Belém enfrenta no dia-a-dia.
FILIAÇÃO
Deputado Antônio Doido (MDB) está fazendo uma verdadeira peregrinação em busca de apoio para filiar a ex-prefeita Katiane Cunha ao MDB. Já falou com o ministro Jader Filho, com o senador Jader Barbalho e o governador Helder Barbalho. Mas tem esbarrado num obstáculo: a Comissão Provisória da legenda em Ipixuna do Pará é presidida pelo ex-prefeito Salvador Chamon, que tem muito prestígio com os Barbalho, é tio do deputado Chamonzinho e aliado do prefeito Artemis Oliveira, adversário dos Cunha. Uma missão quase impossível!
FRASE
Karl Marx (filósofo alemão): “Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo”