Chuvas no Rio Grande do Sul causam prejuízo de R$ 12,2 bilhões, diz CNM

Balanço divulgado nesta sexta-feira pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta mais de 101 mil moradias afetadas, sendo 9,4 mil delas, completamente, destruídas

 

Com 478 municípios afetados pela enchente histórica que assola o Rio Grande do Sul, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) subiu a estimativa de prejuízos decorrentes da chuva no estado. Segundo balanço da entidade, de 29 de abril até as 14 horas desta sexta-feira (14), as chuvas já causaram mais de R$ 12,2 bilhões em prejuízos financeiros.

Desse total, tem-se que R$ 2,5 bilhões são no setor público, R$ 5 bilhões no setor privado e a maioria das perdas, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 4,7 bilhões, sendo mais de 110,9 mil casas danificadas ou destruídas. A entidade, que acompanha de perto a situação dos gestores municipais, destaca que os dados ainda são parciais, uma vez que há dificuldades para inserir as informações nos sistemas. Por isso, os valores sofrem constantes alterações para mais ou menos à medida que as verificações em campo se intensificam. O balanço mais recente da Defesa Civil do estado indica, até quinta-feira (13), 175 mortes.

 

Confira o balanço da CNM desta sexta-feira (14) no RS:

 

Impacto nas Habitações:

  • Danificadas: 101,5 mil;
  • Destruídas:  9,4 mil;
  • Total unidades habitacionais afetadas:  110,9 mil;
  • Prejuízos na habitação: R$ 4,7 bilhões.

 

Principais setores públicos afetados:

  • Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.): R$ 432,2 milhões em prejuízos;
  • Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,8 bilhão em prejuízos;
  • Sistema de transportes: R$ 140,3  milhões em prejuízos;
  • Assistência médica emergencial: R$ 14,7 milhões em prejuízos;
  • Sistema de esgotamento sanitário: R$ 27,1 milhões em prejuízos;
  • Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 40,1 milhões em prejuízos;
  • Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 6,3 milhões em prejuízos;
  • Sistema de ensino: R$ 84,3 milhões em prejuízos;
  • Abastecimento de água: R$ 15 milhões em prejuízos;
  • Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,8 milhão em prejuízos;
  • Distribuição de combustíveis: R$ 1,7 milhão em prejuízos;
  • Segurança Pública: R$ 2,3 milhões em prejuízos;
  • Telecomunicações: R$ 1,1 milhão em prejuízos.

 

Principais setores privados afetados:

  • Agricultura: R$ 4,1 bilhões em prejuízos;
  • Pecuária: R$ 372,1 milhões em prejuízos;
  • Indústria: R$ 277,8 milhões em prejuízos;
  • Comércios locais: R$ 136,8 milhões em prejuízos;
  • Demais serviços: R$ 88,4 milhões em prejuízos.

 

Danos humanos:

  • 175 mortos;
  • 38 desaparecidos;
  • 98,1 mil desabrigados;
  • 422,7 mil desalojados;
  • 11,4 mil feridos e enfermos;
  • 4,2 milhões de pessoas afetadas.

 

(Foto: Agência Brasil)

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