Ex-ministro da Educação no governo Bolsonaro era alvo de apuração interna da universidade por faltas injustificadas
A Controladoria-Geral da União determinou a demissão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub do posto de professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pelo acúmulo de faltas injustificadas e abandono do serviço. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (7) do Diário Oficial da União (7). Segundo a portaria publicada, Weintraub teria abandonado o cargo e acumulava faltas injustificadas.
De acordo o Portal da Transparência, o ex-ministro do governo Bolsonaro é professor do curso de ciências contábeis no campus de Osasco (SP) desde 2014 2014 e deveria cumprir uma carga horária de 40 horas semanais. A punição também prevê impedimento para ele assumir cargos efetivos ou em funções de confiança no governo federal pelo período de oito anos.
A investigação foi iniciada após a universidade receber uma denúncia de abandono do cargo pela ouvidoria da Unifesp, em abril de 2023. Desde então, Weintraub teve o salário suspenso. Daniela Weintraub, mulher do ex-ministro, também foi alvo de um processo administrativo por faltas injustificadas.
Abraham Weintraub foi ministro da Educação do ex-presidente Jair Bolsonaro entre 2019 e 2020. Ele pediu exoneração do cargo e se mudou para os Estados Unidos. Rompido com Bolsonaro desde então, Weintraub anunciou a sua candidatura avulsa — sem estar filiado a partidos — à prefeitura de São Paulo no final de janeiro deste ano.
(Foto: Sérgio Lima/Poder360)