Valor ficou em R$ 674,79 em novembro; durante todo o ano, variação foi de -9,33%. Proporção entre salário mínimo oficial e necessário também caiu em relação ao ano passado
O valor da cesta básica caiu nas 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), no período de janeiro a novembro. Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6), a redução variou de -0,67% (Belém) a -9,33% (Campo Grande). Em São Paulo, a queda foi de 5,31%. De outubro para novembro, os preços subiram em nove das 17 capitais. Destaque para Brasília (3,06%), Goiânia (1,97%) e Belo Horizonte (1,91%). Em Porto Alegre, o valor não variou. Segundo o Dieese, as principais quedas foram registradas em Natal (-2,55%), Salvador (-2,17%), Fortaleza (-1,39%) e Campo Grande (-1,20%).
São Paulo foi a cidade com maior custo: R$ 749,28. Já o menor valor médio foi o de Aracaju (R$ 516,76) – nas cidades do Norte e Nordeste, a composição da cesta é diferente. Assim, com base na cesta mais cara, o Dieese calcula em R$ 6.294,71 o valor necessário para que o salário mínimo supra as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. Isso corresponde a 4,77 vezes o mínimo oficial (R$ 1.320). A proporção aumentou em relação a outubro (4,70 vezes) e caiu ante novembro do ano passado (5,43).
Além disso, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica subiu ligeiramente: de 107 horas e 17 minutos, em outubro, para 107 horas e 29 minutos. Mas é bem menor do que há um ano (121 horas e 2 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 52,82% da renda líquida para comprar os alimentos básicos, ante 52,72% no mês anterior e 59,47% um ano atrás.
Pesquisada no Centro-Sul, a batata só não aumentou de preço em Campo Grande. Já o quilo do arroz agulhinha ficou mais caro em 16 capitais – a exceção foi Belém. O valor médio do quilo de açúcar subiu em 14 capitais e o do quilo da carne bovina, em 13. Por sua vez, o preço do tomate caiu em 15 capitais e o do café em pó, em 14.
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