Março se anuncia para ser um período conturbado para o general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e disputou a vice-presidência ao lado de Jair Bolsonaro (PL). Desde dezembro, ele está detido na Vila Militar, no Rio de Janeiro, enfrentando acusações de participação ativa na tentativa de golpe que resultou nos eventos de 8 de janeiro de 2023. As recentes provas reunidas pela Polícia Federal (PF) têm o potencial de agravar ainda mais sua situação legal.
Conforme informações de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a inspeção dos celulares, computadores e documentos confiscados na casa do coronel Flávio Peregrino, executada há três meses, está prestes a ser finalizada. O conteúdo, que abrange mensagens trocadas em plataformas como WhatsApp e Telegram, deve corroborar fatos que Braga Netto refuta em seus relatos à Polícia Federal.
Possibilitar o golpe
Peregrino, visto como o “facilitador” do general durante seu tempo à frente do governo, esteve entre os principais organizadores das iniciativas de Braga Netto, atuando de maneira crucial nas estratégias do ex-ministro. As informações reunidas sugerem que ele pode ter atuado como intermediário em comunicações e ações em nome do general. A PF já possui indícios de que as mensagens podem revelar informações sobre encontros, contatos e até possíveis planos para promover o golpe.
A previsão é que esse documento seja enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes antes do término do mês. A nova coleção de evidências pode deixar Braga Netto em uma situação ainda mais complicada, evidenciando sua participação na trama. (Foto: Rede Brasil)