Nos nove primeiros meses do ano, o Brasil criou 1.599.918 vagas, resultado 26,6% mais baixo que no mesmo período do ano passado, mas acima das estimativas do mercado. Ministro Luiz Marinho mantém projeção 2 milhões de empregos criados em 2023
O Brasil registrou 211.764 novos postos de trabalho formal em setembro, de acordo com relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado, nesta segunda-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo corresponde a 1.917.057 admissões e 1.705.293 desligamentos no mês.
Apesar dos saldos positivos, o mês de setembro fechou em queda de 23,8% comparado a setembro do ano passado. No mês de setembro de 2022, foram 278,023 mil vagas geradas. Ainda assim, o número veio acima da projeção média de mercado, em 208,85 mil vagas.
No primeiro semestre deste ano, foram abertos cerca de 1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Durante a apresentação dos dados do Caged, o ministro do MTE, Luiz Marinho, manteve a projeção de 2 milhões empregos criados neste ano. Segundo o ministro, “não há motivos para mudar a projeção, se não chegar a 2 milhões, o dado ficará bem próximo disso”.
Marinho lembrou que os programas em implementação pelo governo, como a retomada das obras, vão gerar impacto mais significativo só no ano que vem. Para esse ano, apesar da perspectiva de 2 milhões, Marinho reconhece que o número pode ser menor. “Mantemos a previsão de 2 milhões (de postos até o fim do ano), sinalizando uma dificuldade. Se você analisar friamente os números, aparentemente, vamos bater em 1,9 milhão”, declarou.
As novas vagas criadas foram distribuídas em cinco grandes grupamentos econômicos. São eles: serviços (98.206), comércio (43.465), indústria (43.214), construção (20.941) e agropecuária (5.942). Conforme dados do relatório, apresentado pelo ministro do MTE, Luiz Marinho, o estoque referente a quantidade total de trabalhadores com carteira assinada no país alcançou 44.044.343 de vínculos no mês, o que representa um aumento de 0,48% em relação ao estoque de agosto.
No acumulado de janeiro a setembro, foi registado um positivo de 1.599.918 postos de trabalho nas 27 unidades federativas do país. Esse dado acumulado no ano considerou 17.872.487 admissões e 16.272.569 desligamentos. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em setembro, o saldo total somou 1.433.310 vagas formais, referentes a 22.872.583 admissões e 21.439.273 desligamentos (com ajustes até setembro de 2023).
Setores
No mês, os cinco grandes grupo da atividade econômica registraram saldos positivos (admissões subtraídas pelas demissões):
Serviços (+98.206 postos);
Comércio (+43.465 postos);
Indústria (+43.214 postos);
Construção (+20.941 postos);
Agropecuária (+5.942).
Salário médio caiu
Também foi informado que o salário médio dos novos contratados foi de R$ 2.032,07 em setembro deste ano, o que representa uma redução de R$ 8,07 em relação a agosto deste ano (R$ 2.040,14)
Na comparação com setembro de 2022 houve alta de R$ 13,92, quando o salário médio estava em R$ 2.018,15. Os números são corrigidos pela inflação.
Estados
Todas as 27 unidades da federação registraram saldo positivo.
Estados com com maior saldo foram:
São Paulo: +47.306 postos (+0,35%);
Pernambuco: +18.864 postos (+1,35%);
Rio de Janeiro: +17.998 postos (+0,51%).
Estados com menor saldo foram:
Amapá: +1.027 postos (+1,27%);
Roraima: +763 postos (+1,00%);
Acre: +360 postos (+0,37%).
(Foto: Agência Brasil)