Houve expansão do emprego em todos os estados do país, à exceção do Rio Grande do Sul
O Brasil abriu 131.811 vagas formais de trabalho em maio, em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), segundo informou nesta quinta-feira (27), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Esse saldo representa uma queda de aproximadamente 23 mil novos postos de trabalho em relação a maio de 2023, ou de 15,31%. O resultado do mês passado, ainda ficou abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 200.000 empregos, foi fruto de admissões e desligamentos.
O Rio Grande do Sul foi o único estado com redução na abertura de vagas. Foram 22 mil novos postos a menos em maio deste ano no estado, fortemente afetado por enchentes no período. Assim praticamente toda a queda na geração de vagas ocorreu por causa do Rio Grande do Sul. “Creio que vamos voltar a ter números positivos em agosto”, disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, o saldo foi de 1,88 milhão de postos de trabalho. Um resultado melhor do que o mesmo período em 2023, quando o saldo de novos postos foi de 874 mil. O número acumulado, porém, é menor do que o de 2022, quando foram gerados 1,103 milhão de empregos e do que em 2021, quando o montante foi de 1,162 milhão de novos postos.
“Se não fosse o Rio Grande do Sul, teríamos empatado com maio do ano anterior. Tivemos alta de novos postos em todos os estados da federação, com exceção do Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul tem segmentos que estariam contratando agora. No acumulado de seis meses, poderíamos ter resultados melhores”, disse a assessora especial do Ministério do Trabalho, Paula Montagner.
O estado que mais gerou postos de trabalho foi São Paulo, com 42, 3 mil novos empregos, seguido por Minas Gerais, com 19,4 mil e Rio de Janeiro, com 15, 6 mil. Os que menos geraram novos postos foram Amapá, com 316 postos e Tocantins, com 527 novos empregos.
O salário médio real de admissão em maio foi de R$2.132,64, estabilidade em relação a abril, com queda de apenas R$3,30. “A maior parte das contratações estão ocorrendo em faixas salariais mais baixas. Quem contrata mais, fica com média menor de salários”, explicou Paula Montagner.
Os cinco grandes agrupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, sendo a maior geração de postos no setor de serviços, com 69 mil novos empregos formais. A agropecuária registrou elevação de 19,8 mil vagas, a construção civil de 18,1 mil, a indústria também de 18,1 e o comércio de 6,3 mil.
No setor de serviços, a maior quantidade de empregos foi gerada em serviços de escritório e apoio administrativo, atividades de vigilância e segurança privada, limpeza em prédio e domicílios. A administração pública também foi responsável por parcela importante dos postos, 24, 2 mil.
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