A República Federal da Nigéria se tornou o mais recente membro do Brics. O comunicado foi divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). Com a inclusão da Nigéria, o grupo diplomático agora é formado por nove países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e a nova adição, Nigéria.
A nação situada na costa oeste da África possui laços históricos e culturais significativos com o Brasil. A Nigéria é a nação mais habitada do continente africano e ocupa a sexta posição global.
A Nigéria figura entre as 30 nações com o maior PIB e dispõe de uma vasta gama de recursos naturais e minerais, incluindo petróleo e gás natural. Desde a década de 1970, os nigerianos estão integrados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), um cartel que determina o preço dessa mercadoria no mercado global.
O termo Brics tem sua origem no acrônimo Bric, que foi criado pelo economista britânico Jim O’Neill em 2001 para identificar as quatro principais economias emergentes da época: Brasil, Rússia, Índia e China. Uma década depois, a África do Sul juntou-se ao grupo, adicionando o “S” ao acrônimo inicial.
Além dos cinco países membros originais, a partir de agosto de 2023, outras nações adquiriram o mesmo status: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
No dia 6 de janeiro deste ano, o Brasil divulgou a inclusão da Indonésia como novo membro efetivo do Brics. Neste momento, o Brasil exerce a presidência temporária do agrupamento. Uma reunião dos líderes do Brics está prevista para julho, a ser realizada no Rio de Janeiro.
De acordo com um comunicado do Itamaraty, “a Nigéria compartilha interesses alinhados com os outros integrantes do grupo, participando ativamente do fortalecimento da colaboração no Sul Global e da reforma da governança global, pontos que são prioritários para a atual presidência do Brasil.” (Foto: Reprodução)