Atingida em um bombardeio no Líbano, a brasileira Fátima Boustani, de 30 anos, teve melhora na saúde e, segundo a família, já tem condições de ser transferida para hospital em Beirute, capital libanesa. A pedido de parentes, a transferência está sendo articulada pela embaixada do Brasil no país.
A mulher e dois filhos, uma menina de 10 e um menino 9 anos, ficaram feridos quando a casa onde estavam foi afetada por um ataque no último sábado (1º). Eles foram atendidos no Hospital Libanês Italiano, na cidade Tiro a 100 quilômetros da capital.
“Fátima está bem. Ela já poderia ser transferida para um hospital mais eficiente em Beirute. Estamos trabalhando nisso em constante coordenação com a embaixada do Brasil no Líbano, e o embaixador do Brasil aqui está nos acompanhando” disse à CNN Jihad Azzam, tio de Fátima, que tem acompanhando os familiares no hospital.
Ainda segundo Azzam, a menina, que ficou gravamente ferida na perna, passou por uma cirurgia e está estável. Ele afirmou que aguarda uma avaliação de um especialista para saber o índice de sucesso da operação.
“A menina está bem, mas temos que mostrar seu prontuário completo a um médico especialista para saber o índice de sucesso da operação que foi realizada nela no hospital libanês-italiano”, disse.
O familiar afirmou ainda que menino teve alta e está com a avó após deixar o hospital.
Fatima Boustan, naturalizada brasileira, viajou com os quatros filhos — de 13, 10, 9 e 7 anos. No Brasil, eles moravam em Marília, no interior paulista, antes de decidir retornar ao Líbano. Eles também viveram anteriormente em Itapevi, na Grande São Paulo.
Em nota divulgada no domingo (2), o Ministério das Relações Exteriores manifestou indignação e condenou o bombardeio ocorrido em Saddikine, no Sul do Líbano, que vitimou os três brasileiros.
“O episódio ocorreu no contexto de ataques das forças armadas israelenses no Sul do Líbano e do Hezbollah no Norte de Israel”, ressaltou o Itamaraty.
“O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, conclui a nota. (Foto: Reprodução)