Em julho de 2023, a pasta já havia informado que faria a mudança. Segundo o ministério, a vacina injetável que será adotada para poliomielite é mais eficaz que as gotinhas orais
O Ministério da Saúde informou que vai substituir as gotas de vacina oral contra a poliomielite por uma dose de vacina injetável até o dia 4 de novembro. Popularmente conhecida como “gotinha”, a dose será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP, na sigla em inglês), aplicada no formato injetável.
Em julho de 2023, a pasta já havia informado que faria a mudança. Agora, a pasta estabeleceu a data. “O Ministério da Saúde vai substituir as duas doses de reforço com vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha, por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP) que é injetável, de modo que o esquema vacinal contra a doença será exclusivo com VIP”, informou o ministério em nota.
A substituição foi debatida e aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e anunciada pelo Ministério da Saúde em 2023. Para a mudança, foram consideradas novas evidências científicas para proteção contra a doença.
A substituição da dose oral pela injetável no Brasil é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os Estados Unidos e os países europeus não usam a VOP há mais de uma década.
Atualmente a VIP, já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida do bebê, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Aos 15 meses e aos 4 anos, havia o reforço com as gotinhas. Agora, aos 15 meses, será aplicada a vacina injetável. E não será preciso mais a dose aos 4 anos.
Zé Gotinha
Símbolo da vacinação no Brasil, o Zé Gotinha permanecerá na campanha, conscientizando crianças, pais e responsáveis, segundo o Ministério da Saúde. O personagem nasceu por causa do imunizante contra a pólio.
Mudança
Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a VIP no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Já a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção contra a pólio.
A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.
(Foto: Divulgação/Governo Federal)