A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a vacina contra a dengue no calendário do Programa Nacional de Imunizações do SUS. Vacina não será disponibilizada em larga escala e inicialmente será focada em público e regiões prioritárias. Vacinação deve começar em fevereiro de 2024
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que a vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e será distribuída gratuitamente a partir de fevereiro do ano que vem. Em publicação nas redes sociais, Trindade ressaltou, no entanto, que as doses oferecidas inicialmente pela farmacêutica que produz o imunizante são limitadas. Portanto, a campanha de vacinação vai priorizar grupos e regiões mais vulneráveis. Ainda de acordo com a postagem, a determinação segue análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec) sobre acesso e custo-benefício.
Com essa medida, o país se torna pioneiro mundial ao oferecer esse imunizante de forma universal e gratuita. “A partir do parecer favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), seremos o primeiro país a dar o acesso público a esse imunizante”, comemorou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Conhecida como Qdenga, a vacina será introduzida de forma gradual.
“O Ministério da Saúde avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso, já que em um país como o Brasil é preciso ter uma quantidade de vacinas adequada para o tamanho da nossa população”, disse a ministra. “Então, até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, completou.
Segundo o laboratório responsável pela produção do imunizante, a previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses. “A vacina é mais uma estratégia entre as várias frentes que estamos adotando para mitigar os efeitos da chegada do verão sobre os casos de dengue no país. Está em funcionamento a Sala Nacional de Arboviroses onde monitoramos a situação do país e trabalhamos em conjunto com estados e municípios para aprimorar estratégias. Esse trabalho em conjunto é fundamental”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até junho de 2023, foram registrados 2.162.214 de casos e 974 mortes por dengue no mundo. A infecção por dengue gera uma doença que pode ser assintomática ou apresentar formas mais graves, evoluindo ocasionalmente ao óbito. A forma viral clássica envolve sinais e sintomas, tais como: fraqueza muscular, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.
(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)