Brasil pode se tornar o impulsionador da transição energética mundial

Mineração sustentável é uma das chaves para que o Brasil possa se tornar um dos players globais da transição energética -, afirmação é do deputado federal Zé Silva presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável – FPMin.

Em alusão ao Dia Mundial da Mineração, comemorado  neste domingo, 7, o parlamentar disse que o país possui uma grande riqueza mineral, incluindo terras raras e grafeno, fundamentais na produção de energia limpa, como a eólica e a solar. E, de acordo com dados da AgêCintiancia Internacional de Energia Atômica (AIEA), tem também uma das maiores reservas mundiais de tório, um mineral com grande potencial para a produção de energia renovável e segura.

“A transição energética já está acontecendo e para que não percamos esta oportunidade será necessário agir rápido, com impulsionamento de um nova industrialização, para que possamos exportar tecnologia e equipamentos que geram energia limpa; e aumentar o nosso conhecimento geológico”, avaliou Zé Silva.

Conhecimento geológico

Um dos maiores desafios do Brasil para suprir a demanda de minerais estratégicos para a transição energética é a falta de conhecimento geológico, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

O mapeamento geológico, a cargo da empresa pública Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é uma investigação com o intuito de identificar as rochas e minerais que ocorrem em determinada área.

Atualmente, apenas 4% do território está mapeado em uma escala de 1:50.000 e 23% na escala de 1:100.000, que não é a ideal. Outros países mineradores, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e África do Sul, estão com mapeamento completo em escalas de semidetalhe, 1:50.000, e detalhe, 1:25.000.

 

Industrialização e fertilizantes

Além disso, a agropecuária, outro setor pujante da economia, tem debatido a necessidade de investimentos em pesquisa e estímulos a uma nova industrialização. Isso para que o país possa ter sua própria cadeia de produção e distribuição de fertilizantes e também para produção e distribuição de tecnologias que vão propiciar maior eficiência energética em todos os setores e equipamentos responsáveis por produzir energia limpa e renovável.

A frente realizou, na última semana de abril, um seminário para debater a execução do Plano Nacional de Fertilizantes e está em campanha pela estruturação da Agência Nacional de Mineração, responsável por regular e fiscalizar a pesquisa, a produção e a comercialização do setor mineral brasileiro. Estão previstas no plano de trabalho audiências públicas, inclusive sobre o mapeamento geológico, e missões técnicas para conhecer as boas práticas das empresas de mineração pelo Brasil.  (Imagem: iStock)

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