Brasil gerou 180,4 mil empregos formais em janeiro, aponta Caged

Aumento foi de 100% na comparação com o mesmo período de 2023; salário médio das admissões subiu para R$ 2.118,32

 

O mercado de trabalho avançou bem em janeiro de 2024, com um saldo de empregos formais duas vezes maior do que o registrado em janeiro de 2023. O país criou 180.395 empregos no primeiro mês do ano. O montante de empregos é resultado do saldo das 2.067.817 admissões e 1.887.422 demissões geradas no País no mês.

É o que apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho. Segundo o Ministério, o saldo foi positivo em 25 das 27 unidades da federação. São Paulo (38,4 mil), Santa Catarina (26,2 mil), Rio Grande do Sul (20,8 mil) e Paraná (20,1 mil) lideraram, entre os estados, os saldos de empregos formais.

Analistas do mercado esperavam um alta no saldo entre admissões e demissões, mas não dessa envergadura. Segundo o Valor Data, a estimativa de instituições financeiras, gestoras de recursos e consultorias era de 33 mil a 115,4 mil novos empregos. Um ano antes, em janeiro de 2023, foram 90.031 postos de trabalho a mais. Os dados se referem apenas a contratações formais por empresas do setor privado.

O crescimento é o maior para o mês desde 2021, quando foram gerados 254,3 mil empregos formais. Mas o número daquele ano foi turbinado em razão da reabertura gradual da economia em meio à pandemia de Covid-19. Na avaliação do governo, o desempenho registrado agora pode impulsionar um 2024 favorável à abertura de mais vagas.

“Tem um patamar importante de largada na economia neste ano. Vamos olhar fevereiro – mas creio que fevereiro também virá com números importantes”, disse, em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

De acordo com ele, “será um bom ano para a economia, para os empregos e salários”. De janeiro de 2023 para janeiro de 2024, o total de trabalhadores com carteira assinada já registrou um salto relevante, passando de 43,6 milhões para 45,7 milhões.

A nova expansão foi puxada, sobretudo, por Serviços (80.58780.587 vagas abertas em janeiro) e Indústria (67.02967.029). No comércio, porém, o saldo foi negativo: 38,2 mil empregos formais a menos, de acordo com o órgão. Na média, os brasileiros que trabalham com carteira assinada recebem mais do que no ano passado. O salário médio real das admissões em janeiro foi de R$ 2.118,32, o que representa um aumento de 69,23 reais em comparação ao valor de dezembro (R$2.049,09).

Um ponto preocupante é a geração de vagas nos chamados “regimes não típicos de trabalho”. O Caged indicou 37.001 novos postos de trabalho intermitente, de aprendizes, temporários, contratados por Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física ou com carga de até 30 horas.

Para gerar os dados, o Caged considera apenas trabalhadores com carteira assinada. Ou seja, a fotografia do mercado de trabalho brasileiro divulgada hoje é parcial, uma vez que não inclui trabalhadores por conta própria e quem atua na informalidade. Para ter uma dimensão da informalidade, a ferramenta disponível no País são os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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