O crescimento do emprego formal foi sustentado pelo setor de serviços e comércio; os demais grupos de atividades econômicas tiveram saldo negativo
A economia brasileira gerou 130.097 postos de trabalho com carteira assinada no mês de novembro de 2023, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo é resultado de 1.866.752 admissões e 1.736.655 desligamentos no mês. O resultado apresenta uma desaceleração em comparação ao mês de outubro, quando foram criadas 190.366 vagas. Já em relação ao mesmo período do ano passado houve um leve aumento de 1,7%.
No mês de novembro de 2022, foram 127.832 vagas geradas. De janeiro a novembro, foram gerados no país 1,91 milhão de postos de trabalho. No acumulado do ano, o resultado foi positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27 Unidades da Federação (UFs). Os estados de São Paulo (+551.172, +4,2%), Minas Gerais (+187.866, +4,2%) e Rio de Janeiro (+165.701, +4,9%) lideram em criação de empregos ao longo de 2023, enquanto Acre (+4.969, +5,4%), Roraima (+5.713, +7,9%) e Amapá (+6.319, +8,3%) tiveram os menores saldos.
Também no intervalo de 11 meses, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho (59,8% do saldo). Destaque para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+415.567), e para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+314.528).
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, vinha estimando a criação de 2 milhões de empregos formais até o fim do ano. Como o saldo de dezembro geralmente é negativo, essa projeção pode não ser atingida. Em dezembro de 2022, por exemplo, houve cortes de 455 mil vagas nesses mês, por questões sazonais. Com o resultado de novembro, o estoque total de trabalhadores empregados com carteira assinada chegou a 44,35 milhões. No mesmo mês de 2022, esse número era de 42,89 milhões.
Considerando apenas o mês de novembro, apenas dois dos cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldos positivos. O maior crescimento do emprego formal, em novembro, ocorreu também no setor de serviços, com um saldo de 92.620 postos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. A segunda maior geração de empregos ocorreu no comércio, com 88.706 postos de trabalho abertos no mês, principalmente no comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, além dos artigos de calçados.
De acordo com a pasta, um “impacto sazonal” trouxe queda do emprego formal nos demais setores. Na indústria o saldo foi de -12.911 postos de trabalho, enquanto a construção civil também teve queda, com saldo de -17.300 postos formais de trabalho. Já na Agropecuária registrou perda de 21.017 postos formais.
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