Brasil consolida a maior taxa de juros do mundo

O Brasil consolidou em março a liderança no ranking mundial de juros reais, elaborado pela Infinity Asset Managment. Na última quarta-feira (22), o Copom manteve a taxa básica em 13,75% ao ano. Nesta mesma data, o juro real estava em 6,94% ao ano.

De acordo com o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, com a taxa de juros atual, o Brasil reforça a liderança do ranking de juros reais, com a Argentina na lanterna da listagem de 40 países. Descontando a inflação projetada para os próximos 12 meses, a taxa de juros reais brasileira em 6,94%, ficou abaixo dos 7,38% registrados na reunião anterior do Copom, em fevereiro.

“O aumento das estimativas de inflação fez com que a taxa de juro real ficasse menor”, destacou. Contudo, ele lembrou que o País continua no primeiro lugar do pódio pela 4ª reunião consecutiva do Copom.

Em segundo lugar do ranking ficou o México novamente, com taxa de juros reais anuais de 6,05%. E, para completar o pódio ficou o Chile, com 4,92% de juros reais ao ano. Os Estados Unidos ficaram em 12º lugar, comm juros reais de 0,36%. A média geral dos 40 países ficou negativa em 1,92% e a Argentina, na lanterna, registrou juro real negativo de 19,61%.

“Observou-se uma redução das pressões de inflação global, perdendo força em parte das medidas, dadas as retomadas dos embarques industriais na China, que ajudaram a desinflação – especialmente em emergentes”, destacou Vieira, lembrando que ainda há uma “relativa estabilidade” do conflito entre Rússia e Ucrânia, com redução sobre os preços de energia.

“O movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de bancos centrais sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities. No computo geral, entre 156 países, 61,54% mantiveram os juros, 32,69% elevaram e 5,77% cortaram”, completou.

Antes do Copom, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto, e, com isso o intervalo passou para 4,75% até 5% ao ano. (Foto: Adriano Machado/Reuters)

 

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