O assunto, certamente, será tratado por ocasião da viagem do presidente Lula à China, a partir do dia 11 de abril.
Conversas com equipes técnicas vem ocorrendo, com alinhamento de algumas sugestçoes por parte de cada país.
A verdade é que os países que integram o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) devem apresentar em agosto uma proposta de emissão de uma moeda comum entre as nações, objetivando diminuir a dependência econômica do dólar americano.
Os governos desses países apontam a dependência do dólar como fator de desequilíbrio nas transações comerciais, deixando-os sempre a mercê das políticas americanas e isso tem prejudicado relações comerciais entre as nações.
Os BRICs tem ganhado cada vez mais espaço e influência na economia global.
De acordo com a empresa de pesquisa macroeconômica Acorn Macro Consulting, através de relatório divulgado pelo Blooming, o bloco BRICS atualmente responde por 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, ultrapassando as economias do G7, que representam 30,7%.
Este crescimento constante é atribuído ao avanço da economia chinesa, que superou o PIB dos Estados Unidos segundo a paridade do poder de compra (PPP) em 2014.
A previsão é que a diferença entre os dois grupos só aumente nos próximos anos, tendo em vista que cada vez mais países estão interessados em se unir ao BRICS.
Além disso, economias importantes como Arábia Saudita, Egito e Bangladesh já adquiriram participação no Novo Banco de Desenvolvimento, financiador do BRICS, e outros países como Irã, Argélia, Argentina e Turquia também têm expressado interesse em se juntar ao grupo.
A proposta de emissão de uma moeda própria entre os membros dos BRICs remonta a julho de 2022, quando o tema ganhou corpo pela primeira vez e foi bem recebido pelas nações integrantes do bloco.
Recentemente, o presidente Xi da China e o presidente Putin da Rússia decidiram promover o yuan chinês como moeda de liquidação entre a Rússia e as economias emergentes da América Latina, Ásia e África.
O Brasil seguiu um exemplo parecido e fechou nesta semana um acordo comercial com a China que prevê que os pagamentos entre as nações sejam realizados com Real e Yuan, sem a necessidade do dólar. (Foto: Freepik )