Brasil bate recorde de mortes causadas por dengue e passa de 3 milhões de casos

Com 1.256 mortes, número superara a marca de 2023, que teve 1.179 óbitos

 

O Brasil alcança a marca de 3 milhões de casos prováveis de dengue nesta quarta-feira (10), em menos de quatro meses. O número corresponde a praticamento o dobro dos registros ocorridos ao longo de todo 2023. A data marca também recorde histórico no número de mortes pela doença no país. As informações são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. Ao todo, desde o início do ano, foram 3.062.181 casos prováveis da doença. Foram confirmadas também 1.256 mortes e outras 1.857 estão em investigação.

O Ministério da Saúde havia previsto, ainda no ano passado, que o surto de dengue deste ano deveria ser o maior da história do país, alcançando, assim, 4,5 milhões de casos até a 23ª semana epidemiológica. Atualmente, o país está na 15ª semana epidemiológica. No último ano, os casos chegaram a 1,6 milhão, sendo o número mais alto de registros desde 2000. Além disso, em 2023, também foi registrado o recorde de mortes até então, com 1.094.

Apesar do dobro de casos e mais mortes, a taxa de letalidade deste ano (0.04) está menor em relação ao ano anterior (0.07). O índice é calculado proporcionalmente considerando o número de casos e o de mortes durante um período. No dia 18 do último mês, os casos de dengue bateram recorde e superaram o maior número da série histórica, com 1.889.206 diagnósticos confirmados. O último número mais alto registrado anteriormente foi em 2015, com 1.688.688, seguido por 2023, com 1.658.816. Em 2000, primeiro ano com registros, houve 135.228 diagnósticos.

O São Paulo é a unidade da federação com mais óbitos registrados, com 250, seguido pelo Distrito Federal (234), Minas Gerais (206), Paraná (119) e Goiás (99) têm os maiores registros de morte. Somados, essas cinco UFs acumulam 72% do total de óbitos. Desde o começo do ano, a quantidade de mortes por dengue no país é mais que o dobro do que as registradas ao longo dos três primeiros meses do ano passado, considerando que foram 411 em 2023.

Segundo dados do painel de dengue do Ministério da Saúde, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 7.358,9 casos por 100 mil habitantes. O DF é seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás, que, juntos, representam 56% do número absoluto de casos. A faixa etária que mais registra casos de dengue é de 20 a 29 anos, com mais de 573 mil casos, o que representa quase um em cada cinco casos. Na separação por gênero, as mulheres são a maioria a contrair a doença (55,3%).

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9), nove unidades da federação apresentam tendência de queda nos números da dengue, 13 estados estão com tendência de estabilidade e 5 com tendência de aumento. As UFs em queda são Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo. Os únicos estados que apresentam aumento são Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. Os demais estados estão em estabilidade.

(Foto: Reprodução/Ministério da Saúde)

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