O ex-presidente ficou dois dias na Embaixada da Hungria em fevereiro, após ter o passaporte confiscado pela PF, segundo reportagem do The New York Times
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “fugitivo confesso”, ao comentar sobre as imagens do ex-presidente na embaixada da Hungria. Para ele, Bolsonaro demonstrou a possibilidade de fuga após a Polícia Federal confiscar o seu passaporte em fevereiro. “Bolsonaro é fugitivo confesso. É zero surpresa. Mais uma vez demonstrou os seus planos de fugir. Fez isso final do ano passado, retrasado depois das eleições, refugindo os Estados Unidos”, disse Padilha.
“Essas imagens só reforçam que Bolsonaro é um fugitivo confesso”, emendou ao comentar o vídeo do jornal norte-americano The New York Times. Em imagens de câmeras de segurança obtidas pelo veículo, é possível ver que Bolsonaro estava acompanhado por dois seguranças e pela equipe da embaixada. Padilha afirmou ainda que Lula tem dado todas as condições de absoluta autonomia ao funcionamento institucional da Polícia Federal.
“Tem apoiado o conjunto das ações que significam a reafirmação do Estado democrático de direito do nosso país. O esforço que nós temos dentro do nosso governo é de retomar a normalidade das relações institucionais, do funcionamento das instituições. Tanto a Polícia Federal quanto o Judiciário sempre terão apoio do governo Lula, do governo brasileiro para que funcionem da forma correta”.
A defesa de Bolsonaro afirmou hoje que ele passou dois dias hospedado na Embaixada da Hungria para “manter contatos com autoridades do país amigo”. “Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires. Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”, alegou a nota.
“Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, concluiu a defesa.
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)