Bolsonaro e o “se colar, colou”

Hiroshi Bogéa – Depois que o jornal O Estado de São Paulo denunciou mais uma tentativa de surrupiada de Jair Bolsonaro, comprovando que o ex-presidente da República embolsou um terceiro estojo de joias – a certeza que o país agora convive é a de que havia, realmente, na Presidência da República do Brasil um homem obcecado por joias e  sem nenhum pudor para fazer sua coleção ter um acervo com as cores das riquezas dos xeiques árabes

A estratégia do “se colar, colou” de Jair Bolsonaro (PL) foi além dos episódios nos quais o então presidente guardou um estojo de joias com um relógio de luxo da marca Chopard e tentou resgatar, por meio de ajudantes, aquelas que ficaram retidas na Receita Federal.

Bolsonaro também embolsou outro estojo de joias, que inclui um relógio Rolex de ouro branco cravejado de diamantes, como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”.

O produto, segundo o jornal, é avaliado em mais de R$ 360 mil, e o conjunto fica por volta dos R$ 500 mil.

Nem a repercussão negativa das primeiras revelações, que levaram o Tribunal de Contas da União (TCU) a determinar a entrega dos objetos, fez o ex-presidente abandonar a tentativa de permanecer com o restante dos mimos entregues pelo regime da Arábia Saudita.

Sua defesa, em nota, afirmou que quaisquer presentes encontram-se à disposição para apresentação e depósito, “caso necessário”.

O uso da expressão “caso necessário” redobra e oficializa a aposta no “se colar, colou”, embora o TCU deva determinar novamente a entrega, repetindo a decisão anterior.

Caso não fosse necessário, porém, Bolsonaro poderia voltar ao Brasil e já andar por aí de Rolex, como mais um político que levou vantagem no exercício do cargo. (Foto Estadão)

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