Bolsonarismo: Brasil tem recorde de feminicídios e vê alta em outras violências

O feminicídio no Brasil atingiu um novo recorde em 2022. Cresceu em 6,1% o número de mulheres assassinadas no país em decorrência do gênero, ou seja, simplesmente por serem mulheres.

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revela um aumento de 1.437 vítimas a mais que no ano passado.

De acordo com o relatório O crescimento de todas as formas de violência contra a mulher em 2022″, estes foram os maiores números desde a primeira edição da pesquisa, em 2017.

Além de feminicídios, o anuário também apontou que os homicídios dolosos contra mulheres cresceram 1,2% em comparação com 2022.

Para a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Amanda Lagreca, é possível atribuir o aumento da violência letal contra as mulheres à uma série de fatores.

“Um desses fatores é, sim, o desmantelamento das políticas públicas de atendimento, atenção e acolhimento dessas vítimas. Porque a gente sabe que os feminicídios acontecem em um contínuo de violência. O que significa que essa mulher, que é morta, ela sofreu uma série de outras violências antes de sofrer essa violência letal”, explica Lagreca.

O relatório mostra ainda que não só os feminicídios cresceram no país, como também outras violências de gênero.

As agressões no contexto doméstico, ou seja, em casos em que o companheiro agride a mulher, aumentaram 2,9%, totalizando 245.713 ocorrências.

As ameaças atingiram a marca de 613.529 casos (7,2%) e os acionamentos ao 190, número de emergência da Polícia Militar, chegaram a 899.485 ligações, o que representa uma média de 102 ligações por hora.(Foto: Reprodução)

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