A biodiversidade brasileira é uma das mais ricas do planeta.
Os números de espécies da fauna e flora do Brasil impressionam:
5.000 espécies de fungos filamentosos e leveduras – 10% da diversidade mundial;
22% da diversidade de briófitas do mundo;
Cerca de 1.400 espécies de pteridófitas – 12% da diversidade mundial;
Maior diversidade de plantas angiospermas do mundo. Estima-se mais de 45 mil espécies;
Entre 90 a 120 mil espécies de insetos – 10% da diversidade mundial;
Maior diversidade de peixes do mundo. Mais de 3.500 espécies;
A fauna mais rica do mundo para o grupo dos anfíbios;
Cerca de 1.800 espécies de aves;
Mais de 650 espécies de mamíferos.
Isso faz com que o Brasil seja considerado o país da mega diversidade.
Grande parte da biodiversidade brasileira é encontrada na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Cerrado.
Só que essa rica biodiversidade está ameaçada por animais exóticos invasores.
São 272 animais invasores em seus diversos ecossistemas, espécies consideradas exóticas por não pertencerem originalmente àquele local e invasoras porque se reproduzem e se espalham, de forma descontrolada, ameaçando a biodiversidade da área.
O Opinião em Pauta ouviu o cientista Adamastor François Bignnor, pesquisador que se encontra em Belém conhecendo as dificuldades financeiras vividas pelo centenário Museu Emilio Goeldi e aprofundando seu vasto portfólio de conhecimentos sobre a biodiversidade da Amazônia.
Reproduzindo informações trazidas à público pela Agência Brasil, o cientista confirma a relação de animais exóticos que podem causar sérios danos ao equilíbrio ecológico , citando a caranguejola, o coral-sol, e o lagarto anolis-marrom – entre muitos.
Esses animais ameaçam
“A biodiversidade local é ameaçada por esses animais por causar um desequilíbrio ambiental, uma vez que chegam de repente em um ambiente que levou gerações para encontrar um balanço entre os diversos seres que habitam aquela área”, diz.
Como esses animais exóticos chegaram ao Brasil?
François explica que a maioria foi colocada em terras brasileiras através do próprio homem, seja em navios e plataformas de petróleo, ou propositalmente , para atender o fornecimento de alimentos para peixes, e demais animais da cadeia de caça.
“As estranhas espécies exóticas são aquelas que estão se desenvolvendo em uma região que não é a sua área de ocorrência natural. A introdução de novas espécies pode ser altamente prejudicial, uma vez que, ao achar um ambiente adequado, sem predadores naturais, por exemplo, elas podem multiplicar-se de maneira exagerada e competir com as espécies nativas, prejudicando o desenvolvimento destas e podendo levá-las, inclusive, à extinção”, esclareceu o cientista. (Foto biologianet)