Depois de quase três semanas afastado do mercado de câmbio, o Banco Central (BC) comunicou, na noite de sexta-feira (17), sua primeira intervenção no câmbio deste ano. Na próxima segunda-feira (20), a entidade monetária planeja vender até US$ 2 bilhões de suas reservas internacionais em leilões de linha, comprometendo-se a recomprar o valor após alguns meses.
Estão programados dois leilões, cada um com um valor de até US$ 1 bilhão. Os recursos obtidos no primeiro leilão serão reintegrados às reservas internacionais no dia 4 de novembro; enquanto os do segundo leilão serão reintegrados em 2 de dezembro.
A mais recente ação do Banco Central no mercado de câmbio aconteceu em 30 de dezembro, quando a instituição vendeu US$ 1,815 bilhão de suas reservas internacionais de forma à vista. Nessa categoria, a venda é irrevogável, e os valores não retornam para as reservas.
O mais recente leilão de linha, que envolve um acordo de recompra, ocorreu em 20 de dezembro, quando o banco central colocou à venda US$ 2 bilhões. Ao longo de dezembro, a instituição financeira vendeu US$ 32,59 bilhões de suas reservas internacionais, atingindo o maior montante mensal de intervenções no mercado cambial desde a implementação do regime de metas de inflação, que teve início em 1999.
Nesta sexta-feira, o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 6,066, com alta de R$ 0,012 (+0,2%). A cotação oscilou bastante durante o dia, chegando a R$ 6,08 por volta das 11h e caindo para R$ 6,03 por volta das 13h, antes de passar a subir durante a tarde e fechar em leve alta. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)