Avança mapeamento da circulação de tejus para controle da espécie em Fernando de Noronha

Os pesquisadores do Instituto Tríade, instituição brasileira especializada em medicina da conservação, estão em Fernando de Noronha para estimar a área ocupada pelos tejus – uma espécie de lagarto – e indicar a melhor forma de manejo da espécie. O teju, que tem nome científico Salvator merianae, é um réptil que foi introduzido na ilha, sendo considerado uma ameaça ao ecossistema local.

“O teju preda ovos de aves, mabuyas (lagartixa local) , caranguejos, entre outras espécies. É uma das ameaças ao meio ambiente de Noronha”, afirmou o presidente Instituto Tríade, o veterinário Paulo Rogério Mangini.

Nesta fase, a pesquisa analisa o comportamento desses animais. Os pesquisadores querem saber qual a área que o teju percorre no território de Fernando de Noronha.

“Os animais são capturados e recapturados. A cada 30 metros nós colocados uma armadilha. Quando o teju é capturado, colocamos uma marcação numérica e soltamos o bicho para a recaptura. Assim saberemos qual a área que o animal andou”, declarou Paulo Mangini.

A atividade vai ser feita em até dez dias para análise das áreas percorridas. Nesta etapa, as armadilhas são colocadas na região da Praia do Leão.

Os especialistas estimaram que existe uma população de cerca de 15 mil tejus na ilha e afirmam que é preciso eliminar os tejus em Fernando de Noronha.

“Essa quantidade de tejus é bastante para o pouco espaço; tem mais teju que gente. É necessário eliminar o teju de Noronha. Ainda não sabemos como fazer e em quanto tempo isso pode ser executado. Vamos fazer um planejamento de longo prazo. Esse é um trabalho pioneiro”, indicou Paulo Mangini.

Imagem de tejus sendo monitorados por pesquisadores em Noronha  (Foto: Bruna Roveri/ICMBio)

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