Autoridades e jornalistas que foram espionados pela “Abin Paralela”

A Polícia Federal (PF) finalizou as apurações a respeito de um esquema de vigilância clandestina estabelecido na Agência Brasileira de Informações (Abin) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O documento final solicita o indiciamento do ex-presidente, do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), seu filho, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que liderou o órgão na gestão anterior, e também de membros da agência durante o governo Lula (PT), por obstrução à Justiça.

O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e está mantido em segredo. Porém, em julho do ano anterior, o ministro Alexandre de Moraes decidiu tornar pública uma das etapas da operação Última Milha, que faz parte das apurações.

Naquele momento, a Polícia Federal revelou que diversas autoridades estavam sendo acompanhadas de maneira irregular.

 

Os monitorados pela Abin clandestina.

De acordo com as apurações realizadas pela Polícia Federal, no caso que passou a ser denominado Abin paralela, foram acompanhadas as seguintes autoridades, servidores públicos e profissionais da imprensa:

Poder Judiciário: integrantes do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Poder Legislativo: o presidente da Câmara na época, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL).

Os senadores Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) eram membros da CPI da Covid no Senado.

Poder Executivo: João Doria, que foi governador de São Paulo; os empregados do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

Repórteres: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista. (Fotos: Pedro Gontijo – Waldemir Barreto/Agência Senado; Marina Ramos; Wesley Amaral – Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Por Opinião em Pauta com informações do G1 e UOL

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