A Polícia Legislativa bloqueou um ato contra o PL do Aborto, que reúne ativistas e deputados, à noite desta quarta-feira, 19, na Câmara Federal.
Os agentes impediram que a manifestação prosseguisse pelo corredor Tereza de Benguela, que dá acesso ao Salão Verde, um dos principais espaços da Casa.
Os policiais alegaram que o grupo só poderia passar com autorização do presidente da Câmara.
Os manifestantes caminharam pela Câmara com cartazes contra o PL Antiaborto Legal, que equipara a interrupção da gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio simples.
Ativistas e deputados bradavam frases como “Criança não é mãe, estuprador não é pai”e “Aborto não é vontade, é consequência da maldade”.
Arthur Lira também foi alvo do grupo. Um dos gritos entoados dizia: “Ei, Lira, seu ódio por mulher te faz abafar o estupro com quem manipula a fé”.
Representantes de entidades foram à Câmara para participar hoje da Comissão da Mulher, que acabou cancelada por falta de quórum. Parlamentares atribuem o esvaziamento a um almoço que Lira fez apenas com deputadas hoje.
Ante o cancelamento da sessão, o grupo iniciou o ato dentro da Câmara e contou com a adesão de deputados. Entre eles, estavam Célia Xakriabá, Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Tarcísio Motta. (Foto: Reuters)
